Os serviços da Comarca de Aveiro foram muito afectados, e em muitos casos reduzidos aos mínimos obrigatórios por lei, devido às greves de oficiais de justiça e de juízes.
Depois de dias com greves parciais que têm sido levadas a cabo desde outubro, os funcionários judiciais realizaram hoje a segunda greve nacional de 24 horas numa jornada de protesto convocada para exigir a revisão da carreira, descongelamento das promoções e dos salários, entre outras reivindicações. Estão agendadas mais paralisações até ao final do ano, caso não haja abertura do Governo para chegar a entendimentos.
Na Comarca de Aveiro, a greve dos funcionários judiciais regista hoje uma adesão de quase 47,5 por cento.
Em Ovar, foi de 100 por cento, só sendo assegurandos os serviços mínimos. Em Águeda atingiu 70 por cento e Aveiro chegou quase aos 58 por cento.
Em Vagos e Castelo de Paiva, pelo contrário, não houve oficiais de justiça em greve.
Juízes garantem adesão elevada em Aveiro
Hoje é também o primeiro dia da greve juízes, que deverá durar um ano. Esta terça-feira é de carácter nacional e depois em períodos parciais.
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses defende que a revisão do Estatuto dos Juízes não pode abranger só “metade” daquela carta de direitos e deveres, sem resolver os “bloqueios remuneratórios” criados nos anos 1990.
Fonte da Comarca admitiu que a adesão “é bastante significativa”, com dezenas de diligências, incluindo julgamentos, que ficaram por realizar, aguardando reagendamento.
Uma informação sindical, ao final da tarde, apontava para adesão de 75 por cento entre os juízes colocados nos tribunais da região de Aveiro. No país, terá chegado aos 90 por cento.