Arrancou esta madrugada a paralisação de três dias dos trabalhadores da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A, para reivindicar melhores salários, a dignificação das profissões e o respeito pela contratação colectiva, assim como a urgência em travar a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.
Desde o início desta segunda-feira (dia 24) que decorre uma greve na ERSUC (empresa responsável pela recolha de resíduos de 34 municípios da região Centro e que serve cerca de um milhão de habitantes), luta que se prolonga até esta quarta-feira (dia 26) e que, até ao momento, regista uma forte adesão dos trabalhadores, quer em Aveiro quer em Coimbra, onde estão a ser garantidos os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral.
Em Aveiro, a GNR forçou a entrada de alguns camiões de empresas privadas, mas os piquetes de greve vão continuar presentes nos dois polos da empresa até ao fim desta jornada de luta decidida pelos trabalhadores, para exigir à administração respostas concretas às propostas que constam do Caderno Reivindicativo apresentado pelo STAL.
A forte adesão à paralisação de três dias é bem demonstrativa do profundo descontentamento dos trabalhadores face à situação em que se vive na empresa, nomeadamente os baixos salários praticados na empresa e o desinvestimento nas condições de trabalho; bem como da sua unidade e determinação em defesa das suas reivindicações, designadamente:
– Aumento salarial de 10%, num mínimo de 100€, para todos os trabalhadores, com retroactivos a Janeiro de 2023;
– Implementação de um salário de entrada de 850€;
– A actualização do subsídio de refeição e dos diversos subsídios e suplementos;
– A fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias;
– O pagamento do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco;
– Fixação do trabalho nocturno entre as 20h de um dia e as 7h do sai seguinte, compensado com um acréscimo de 25% da retribuição mensal;
– A criação e valorização das carreiras, bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário;
– Melhores condições laborais e o respeito pelas normas de Segurança e Saúde nos locais de trabalho.
Os trabalhadores e o STAL apelam à compreensão das populações por acção de luta, cujo impacto negativo é da única e exclusiva responsabilidade da administração da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A., que insiste em ignorar a exigências de negociações sérias e há muito reivindicadas pelos trabalhadores e pelo STAL.
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins
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