“A gestão das discordâncias não foi fácil. Globalmente correu bem, com um ou outro excesso, como faz parte da natureza humana”. O presidente da Câmara de Aveiro mostrou-se satisfeito com a relação mantida entre maioria e oposição no mandato 2017-21 agora a terminar, deixando um agradecimento “ao contributo de todos” os membros da vereação, da sua equipa e do PS, quando se aproxima a tomada de posse dos novos orgãos autárquicos saídos das eleições de 26 de setembro.
Ribau Esteves falava, esta quinta-feira à tarde, na reunião pública do executivo camarário, a última do mandato, que foi também a derradeira para quatro vereadores que deixam funções: Rosário Carvalho, Jorge Ratola, Ana Rita Carvalho (todos eleitos pela coligação PSD-CDS-PPM) e, ainda, João Sousa (PS).
“Uma das grandes virtudes do mandato a terminar é que as perspetivas e posições políticas diferentes sempre foram de grande utilidade na gestão”, sublinhou o edil reeleito para o terceiro e último mandato ao referir-se à oposição, reconhecendo aos seus pares do PS que quiseram “o melhor” para o concelho. “Nunca achei que qualquer posição, por mais distante da minha, fosse anti-município de Aveiro. A democracia é feita de diversidade, seguramente com excessos às boas regras, eu próprio tive os meus excessos, os senhores vereadores, é normal a quem se dedica com intensidade a estas matérias”, afirmou.
Ribau Esteves, em jeito de balanço, destacou a gestão “muito realizadora” da Câmara que em oito anos teve “três normais”, por força, inicialmente, do esforço de restruturação, e, depois, devido à situação pandémica, fazendo, apesar de tudo, “um excelente mandato”, que “a leitura dos resultados eleitorais tira dúvidas a quem as pudesse ter”. Quanto ao “futuro”, o edil deixou ficar as suas referências para a tomada de posse.
“Aveiro precisa de mais convergências” – Manuel Oliveira de Sousa (PS)
Para além dos agradecimentos a quem cessa funções, Manuel Oliveira de Sousa, vereador do PS, destacou o papel desempenhado pela oposição ao longo do mandato “com muita dedicação, contributos, muita participação e de muita qualidade”, trazidos de diversos “intervenientes”, que, tendo sido “acolhidos ou não, serviram de motivo de debate, o que enriquece a democracia”.
“Congratulamo-nos, também, com a muita atividade e boa que se fez no município. Globalmente estivemos de acordo, porque se fez bem para o município estar melhor e dar dar respostas aos anseios dos aveirenses” acrescentou Manuel Oliveira de Sousa.
Sobre “a vitória expressiva” da coligação PSD-CDS-PPM, o vereador reeleito, que encabeçou a lista para a Câmara pela coligação PS-PAN, deixou algumas observações. Desde logo, se há quatros anos os votos da ‘Aliança com Aveiro’ que eram inferiores a todos os que foram as urnas, nestas eleições são superiores a todos os que foram às urnas”, sublinhou renovando os parabéns.
Manuel Oliveira de Sousa disse que é necessário ler também “os sinais políticos” que “também são óbvios”. Ou seja, “o que foi objeto de muita divergência foi caucionado politicamente para que se faça”.
Ainda assim, nos próximos quatro anos, o PS espera que a Câmara “faça mais e melhor” seja capaz de entendimentos. “No que são as divergências, ainda possamos fazer convergências. É possível, o presidente tem a capacidade de fazer mais convergências e Aveiro precisa de mais convergências. Seguramente em alguns caminhos estaremos de forma divergente, mas compete a quem ganha com esta clareza fazer tudo para que a consensualização seja possível”, pediu o vereador e líder concelhio do PS.
“Estaremos totalmente empenhados na promoção de Aveiro, no desenvolvimento sustentável e acompanhar aquilo que é claro nos resultados e circunstância desta vitória. Faremos uma oposição justa, clara e a saber o que politicamente é relevante neste período”, concluiu Manuel Oliveira de Sousa.
Assistir ao vídeo da reunião de Câmara de Aveiro.
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