Apesar da réplica do Clube Desportivo de Estarreja, o Beira-Mar conseguiu voltar a casa com a oitava vitória consecutiva, que correspondeu à 30ª no campeonato Sabseg (na fase de apuramento de campeão perdeu apenas com o Paivense).
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No final da partida a contar para a 11ª jornada, e com apenas mais três pela frente, o treinador aveirense mostrou-se satisfeito por a equipa manter alcançável o objetivo de vencer todas as partidas após a ‘escorregadela’ em Castelo de Paiva.
O plantel foi, de resto, desafiado para estabelecer um novo recorde de pontos na divisão maior do futebol distrital de Aveiro.
“Temos um claro objetivo interno que pode ser atingido na próxima jornada em caso de vitória: em 34 jornadas ser a equipa do século XXI neste campeonato com maior número de pontos”, explicou.
O Beira-Mar, sem ter o corte administrativo a metade na passagem da primeira fase para o apuramento de campeão, soma à entrada da 12ª e antepenúltima jornada do apuramento de campeão 90 pontos.
Nas 13 anteriores épocas de campeonato de elite com 34 jornadas disputadas, o que aconteceu entre 2006-07 e 2018-19, o recorde pertence ao Lusitânia de Lourosa, em 2012-13, quando amealhou 92 pontos. Recorde que pode ser batido na próxima ronda.
A pandemia do Covid-19 afetou o desenrolar da prova durante as duas épocas de 2019-20 e 2020-21.
“A partir do momento que alcançamos o objetivo principal, sermos campeões, decidimos criar estímulos internos para termos ambição nas quatro jornadas seguintes”, explicou Ricardo Maia, assumindo que a gestão do plantel também tem sido nesse sentido.
Isso já foi notado em Estarreja, com titulares habituais no banco e outros fora dos convocados (todo o trio atacante mais usado), embora nem todos por opção desportiva, uma vez que o Covid-19 também voltou a ter influência.
“Sete alterações tem sempre perdas de rotina, é normal. Mas os jogadores que não têm tido tantos minutos provaram que são merecedores e é bem provável que se mantenham”, adiantou o técnico aurinegro.
Segue-se uma das equipas surpresa da época, em jogo antecipado, sem baixar a motivação ou exigência em campo. “Vamos receber o Florgrade sexta-feira ao final da tarde, queremos continuar a ser 100 % vitoriosos em casa, ter o mesmo saldo nas últimas três jornadas, para chegar às Taças confiantes e com mentalidade positiva. Se relaxarmos, pode valer de pouco o que se fez no campeonato”, concluiu Ricardo Maia.
Discurso direto
“Nunca foi fácil para o Beira-Mar jogar em Estarreja, esta época confirmou-se. O Estarreja foi sempre muito competente, teve mérito na forma como chegou na segunda parte ao golo. A primeira parte não foi sempre bem jogada, mas entrámos melhor e tivemos um golo anulado. Corrigimos na segunda parte, tivemos alguma felicidade e fomos à procura da vitória, conseguindo de forma justa. Mais uma vez, venceu a equipa mais eficaz. Por último, sem querer falar na arbitragem ou na amostragem dos cartões, não vi tanta agressividade para tantas faltas assinaladas” – Ricardo Maia, treinador do Beira-Mar.
“Quando conseguimos ser competitivos, o jogo torna-se interessante, Foi o que a aconteceu. Uma primeira parte equilibrada, sem muitos motivos de interesse. Nós um pouco mais com posse de bola, mas sem chegar à baliza. A segunda parte foi mais interessante, com as equipas mais perto das balizas, com mais oportunidades, duas flagrantes nossas. Depois temos o golo e desperdiçámos o segundo, que poderia matar o jogo… O Beira-Mar aproveitou dois erros nossos, foi feliz. Apanhando-se a ganhar, não houve mais jogo. Lutámos com as armas que temos, com intensidade. Hoje fomos o verdadeiro Estarreja” – Rui Valente, treinador do Estarreja.
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