Futebol / CdP: João Dias (Fontinhas) “entusiasmado” por reencontrar Beira-Mar, espera pontuar em Aveiro

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João Dias, Fontinhas.

A receção do Beira-Mar à equipa açoreana do Fontinhas (Ilha Terceira), no domingo, a contar para a 13ª jornada do Campeonato de Portugal (CdP) série C, vai ser um jogo histórico, pelo carácter inédito.

Uma partida entre equipas nos extremos opostos da classificação que se revestirá de particular emoção para um dos jogadores visitantes: João Dias, 25 anos, médio que envergou o emblema aurinegro nas épocas de 2015-16 e 2016-17, após a ‘queda’ do clube ao patamar distrital mais baixo.

“A oportunidade de jogar no Beira-Mar surge quando optei por prosseguir os meus estudos académicos na cidade de Aveiro [mestrado em Sistemas Energéticos Sustentáveis]. Acontece que cheguei ‘à experiência’ e ao fim de 3, 4 treinos a equipa técnica convidou-me para fazer parte do plantel”, refere ao dar conta de quando tomou a iniciativa de ‘prestar provas’ perante o treinador Alexandre Silva, que comandava então o plantel.

João Dias é um dos habituais titulares do Fontinhas onde fez toda a formação. Guarda na memória “imensas recordações” das duas temporadas de ‘amarelo e preto’. “Vir dos Açores e jogar num clube com esta dimensão e história é algo incrível”, diz.

O cenário da receção após o Beira-Mar ‘carimbar’ a subida ao principal escalão distrital é inesquecível. “Chegar às pontes e ver aquele sítio totalmente cheio para receber a equipa foi muito especial”, lembra.

A final da Taça Distrital, no estádio municipal de Aveiro, contra o Águeda, com milhares de pessoas a puxar pelo Beira-Mar, foi também marcante, porque “mesmo a perder os adeptos não pararam de apoiar”.

Recorda, por último, o recomeço após o fim do futebol profissional, ficando para sempre com a imagem dos “adeptos e simpatizantes a unirem-se em prol do clube, com a reparação do Mário Duarte”, o ‘velhinho’ estádio que estava abandonado.

Consumado o regresso do Beira-Mar aos ‘nacionais’ na época passada, diz que ficou “extremamente contente porque é uma instituição que merece muito mais do que as distritais”. João Dias confessa ainda que ficou “muito entusiasmado” quando se confirmou a possibilidade de reencontrar o ex-clube. “Vai ser emotivo. São dois clubes que me dizem muito. Um pela forma como me acolheu durante dois anos longe de família e amigos e outro porque foi o clube que me formou, tanto como jogador como pessoa”, afirma.

Discurso direto

“O Beira-Mar é uma equipa profissional que apresenta outros argumentos e que luta pelos lugares cimeiros. Sabemos da nossa realidade. Contudo, somos uma equipa com qualidade e sabemos o queremos para o jogo. Queremos sair com pontos”.

“Quantos aos amigos, espero que apareçam porque é sempre bom reencontrá-los. É de realçar que tenho bons amigos, até mesmo na própria claque e estrutura do clube. Apesar disso, durante 90 minutos seremos adversários”.

“Ao Beira-Mar desejo toda a sorte do mundo (menos contra o Fontinhas) e que consiga ascender até ao patamar que deseja. Que seja de forma sustentada e com os adeptos sempre presentes”.

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