Depois de dois ‘nulos’ seguidos, o Beira-Mar regressou às vitórias na receção ao Castro Daire contar para a 11ª jornada do Campeonato de Portugal (série B), graças a um golo solitário que foi apontado de grande penalidade por Artur, já nos ‘descontos’, premiando o esforço da equipa, sobretudo na segunda parte, para colocar fim à ‘malapata’.
Os locais terminaram o jogo reduzidos 10, por expulsão do extremo brasileiro Luís Felipe (acumulação de amarelos) e desperdiçaram um outro penálti.
Com a segunda vitória caseira, os beiramarenses somaram 17 pontos, subindo um lugar (5º) na classificação, ficando a um ponto do Marítimo B, que venceu na Madeira ao Leça (3-0), próximo adversário dos aveirenses no último jogo de 2022.
A outra equipa da região, o Lourosa, também regressou às vitórias, ‘batendo’ no seu reduto o Camacha (2-1). Nesta altura, os lusitanistas estão imediatamente a seguir ao Beira-Mar, com 16 pontos.
Ficha de jogos, resultados e classificação via FPF.
O nulo ao intervalo castigava a equipa da casa, que entrou com quatro alterações relativamente à partida anterior (‘nulo’ na receção ao Resende). Kiko, Maurício, Drula e Luis Felipe entraram para as vagas de Rui Sampaio, Leandro Vieira, Leandro Borges e Rafa Fonseca (todos por opção técnica).
O Beira-Mar assumiu praticamente todas as “despesas da casa”, atendendo às evidentes cautelas defensivas dos visitantes para conseguirem conquistar pontos de que tanto necessitam. E, até ao intervalo, dispôs de três boas oportunidades que, a terem sido concretizadas, poderiam ter levado a equipa de Ricardo Maia mais tranquila para a segunda metade.
Kiko, num remate sem preparação fora da área, aos 12 minutos, obrigou Diogo Sá a defesa apertada para canto. Sucederam-se os lances ofensivos dos locais, sem ‘estragos’ de maior.
Só ao dobrar da meia hora, os forasteiros deram ‘um ar da sua graça’, de bola parada. Um livre perto da grande área em que Rui Pinto levou a bola a sair muito perto da trave.
Até ao intervalo, o Beira-Mar bem ‘fez pela vida’. Luis Felipe, num lance individual pela direita tentou o cruzamento remate junto à linha de fundo, mas o guarda-redes visitante não se deixou enganar. Naquela que terá sido a oportunidade mais flagrante, Jota rematou muito perto do poste. Mérito para o cruzamento da esquerda de Vieirinha, com Marcelo Santiago a assistir de cabeça para o remate do jovem extremo esquerdo.
O treinador aveirense não perdeu tempo e lançou no arranque da segunda parte Neto e Rafinha (saídas de Carlitos e Maurício), procurando intensificar a dinâmica ofensiva.
As oportunidades sucederam-se. No primeiro lance de perigo, mais um remate de Jota apanhou pela frente o guarda-redes do Castro Daire, muito rápido a sair dos postes. Depois seria Luís Felipe a rematar junto à trave.
Assistiu-se, depois, a um período em que os visitantes também procuraram algo mais fazendo valer a entrada de Niang. Numa ‘segunda bola’, Tiago Almeida desferiu um remate com perigo.
Diogo Sá só não evitou o golo ao segundo penálti
A pressão do Beira-Mar deu frutos aos 66 minutos, após um cruzamento de Luís Felipe, com uma grande penalidade assinalada por mão na bola. Mas Diogo Sá continuaria a fazer valer o estatuto de ‘melhor em campo’, adivinhando o lado para o qual Diego Tavares atirou.
Com o tempo a passar, aumentava a emotividade da partida. Aos 81 minutos, o árbitro entende que Luís Felipe ‘faz-se ao penálti’ e mostra-lhe o segundo cartão amarelo, que valeu a expulsão, tornando ainda mais complicada a tarefa dos locais. Maurício, que já tinha sido substituído, contestou de forma imprópria a decisão do árbitro e viu vermelho, desfalcando, também, a o Beira-Mar nos próximos jogos.
Com a equipa muito adiantada em busca do golo, valeu ao Beira-Mar o central Duarte Soares num ‘desarme’ na hora quando Niang se preparava para ‘fazer estragos’.
Aos 90+3 m o árbitro assinalou a segunda grande penalidade da tarde, por desvio da bola com o braço num cabeceamento de Rafa Fonseca na pequena área. O experiente médio Artur não desperdiçou a oportunidade soberana, estreando-se a marcar no campeonato.
Para o derradeiro ataque do Castro Daire ficou guardada a única defesa de Frade com alguma exigência maior de toda a segunda parte.
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