O treinador do Beira-Mar voltou a queixar-se da falta de pontaria da equipa na receção ao Sernache, valorizando, ainda assim, uma vitória tangencial com um auto golo que valeu o primeiro lugar à condição.
“Dispusemos de várias situações em que no último terço do campo podíamos arriscar mais, a procurar a baliza. Fazemos mais uma finta, mais um passe, mais um rodriguinho e as oportunidades de golo vão por água abaixo”, lamentou Ricardo Sousa.
Motivos para esta falta de eficácia ? “Será um bocadinho de ansiedade do próprio jogador, quer fazer as coisas tão bem feitas que é egoísta, como deve ser do meio campo para a frente”, explicou o antigo jogador
“Temos muitos jogadores de combate, de compromisso enorme. Agora o ponta de lança, na decisão, tem de pensar mais em si, procurar mais a baliza”, acrescentou.
O jogo com o Sernache até poderia antever-se ideal a desprender os mecanismos atacantes até agora emperrados, o que não aconteceu. “A primeira parte não foi boa, tivemos depois uma segunda parte abaixo do que já habituámos os adeptos. Sentimos alguns bloqueios. Fizemos mexidas com mais homens na frente e tivemos mais oportunidades sem concretizar, enquanto o Sernache defendeu”, referiu Ricardo Sousa.
No balneário, o treinador deixou também uma nota positiva para o percurso à sexta jornada. “Registo estarmos em primeiro, partíamos para sermos líderes mesmo à condição e queremos continuar no grupo da frente. Mas temos muito para melhorar. O grupo é completamente novo, vem da distrital, todas as equipas que subiram estão no fundo da tabela, o Beira-Mar é líder. Para a semana teremos de ser audazes para permanecer líderes”, concluiu.
Discurso direto
“Na primeira parte, o Beira-Mar entrou forte, fez circulação rápida e tem excelentes executantes, sem criar oportunidades. Nós tivemos duas na cara do guarda-redes depois aconteceu a infelicidade do auto golo com o jogo controlado. Na segunda parte entrámos com vontade, tivemos um pouco mais de bola, sem grandes situações de golo. Procurámos mais velocidade, mas temos limitações ofensivas. Jogámos mais com coração do que a cabeça. No livre final, o jogador fez uma excelente defesa ao sair da barreira” – António Joaquim, treinador do Sernache.
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