A chegada da Metal Hammer a Portugal e a sua disponibilização na língua portuguesa é uma vitória para a cultura do nosso país.
Por Joel Costa, diretor / coeditor *
Fundada em 1983, a publicação britânica tornou-se rapidamente sinónimo de prestígio, estabelecendo-se como força máxima do heavy metal um pouco por todo o mundo, ao conseguir representação oficial em países como a Alemanha, Espanha, Noruega, Itália, Polónia, Japão ou até Israel.
A presença da marca em Portugal – cuja actividade é exclusivamente online – não só dignifica e credibiliza a imprensa especializada, como mostra à indústria musical global que o território português pode ser um bom investimento.
Ao longo dos últimos anos, Portugal deu provas além-fronteiras da sua capacidade de realização de festivais de música, e conseguiu igualmente exportar bandas de sucesso mundial – como é o caso dos Moonspell -, assim como bandas saídas do chamado circuito underground.
Nomes como Analepsy, Holocausto Canibal ou Gaerea – que gozam de um nível de sucesso mais pequeno mas não menos prestigiante – deram entre si concertos por toda a Europa, Américas e Ásia, com o Japão e a China a destacarem-se entre os países por onde passaram.
A Metal Hammer é implementada em Portugal precisamente para dar mais credibilidade ao movimento que temos, juntando-se assim à luta diária que as promotoras nacionais enfrentam para que outras entidades, sejam elas domésticas ou provenientes do cenário internacional, vejam Portugal como uma aposta ganha ao nível do mercado financeiro.
A Metal Hammer Portugal é definitivamente um passo na direcção certa; uma vitória para toda a comunidade metal e rock, e para todos aqueles que lutam para que a cultura no nosso país se mantenha viva e de boa saúde.
A marca estreia-se pela primeira vez na língua portuguesa e num formato exclusivamente online, com o licenciamento a ser atribuído a uma empresa de Ovar denominada Elementos À Solta, LDA, a cargo de Joel Costa e Cátia Cunha.
