O “complexo de incêndios” formando um perímetro florestal que ultrapassa 100 quilómetros no norte e centro do distrito de Aveiro continuava, ao final desta terça-feira, ativo e a rondar com perigo casas e outras instalações, algumas das quais voltaram a não escapar à força destruidora das chamas, apesar do posicionamento de meios ou da ação de populares, não raramente entregues a si próprios sozinhos. Apesar de alguns avanços, o vento continua a mandar nas frentes de fogo, com Águeda a enfrentar, nesta altura, a situação mais problemática.
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Distrito / Fogos florestais: “Situação mais calma, mas ainda preocupante e complexa”
O comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) fixado em Oliveira de Azeméis esperava melhorias ‘no terreno’ depois da noite de segunda-feira, mas sem dar expetativas por aí além. Os fogos florestais mantiveram-se ativos, em terras oliveirenses, pelo quarto dia, e nos concelhos de Albergaria-A-Velha, Sever do Vouga e Águeda há três dias. Confirmou-se o cenário um pouco mais favorável, ainda que, para já, sem qualquer dos fogos sequer em resolução.
Águeda, com 17 quilómetros de frente, tornou-se a a situação mais complicada ao final do dia. A ANEPC garante que não conta desmobilizar meios tão cedo. Estavam empenhados no combate às chamas 1.434 operacionais apoiados por 470 veículos, 11 máquinas de rasto e cinco meios aéreos.
Discurso direto
“O incêndio apresentou condições mais favoráveis. Os trabalhos tiveram resultados favoráveis, foi muito profícuo, conseguimos dominar algumas frentes. Vai continuar com pontos de abertura que podem causar problemas. É aí que vamos trabalhar durante a noite para conseguir debelar os incêndios, que não estão ainda em resolução. Temos reativações constantes. Se o vento for igual a ontem temos de ter os fogos bem consolidados, é a principal preocupação” – Mário Silvestre, 2º comandante nacional de Emergência e Proteção Civil,
Aguardavam-se, esta terça-feira, mais meios aéreos para ajudar no ‘ataque direto’, o que não terá acontecido. Durante a noite e madrugada, manter-se-á a prioridade em salvaguardar pessoas e bens. O dia seguinte antecederá a aproximação de condições climatéricas que se poderão revelar mais favoráveis para, finalmente, ‘ganhar avanço’ maior às chamas, o que está a ser feito com um dos maiores dispositivos empenhados nos ‘teatros das operações’ no país.
20 mil hectares atingidos pelas chamas
Os incêndios no distrito de Aveiro consumiram quase 20 mil hectares, de acordo com o sistema europeu de satélites Copernicus. 14.293 hectares entre Albergaria-a-Velha e Águeda. No eixo zona Albergaria-A-Velha – Oliveira de Azeméis terão ardido 5.552 hectares. Ainda em Oliveira de Azeméis, o sistema europeu registou um incêndio mais pequeno, com 96 hectares de área ardida, além de 39 hectares perto da zona industrial de Aveiro.
Albergaria
+ info https://fogos.pt/fogo/20241148992/detalhe
Sever do Vouga
Póvoa
+ info https://fogos.pt/fogo/20241146170/detalhe
Pessegueiro do Vouga
+ info https://fogos.pt/fogo/20241143845/detalhe
Discurso direto
“Temos várias frentes ativas em diferentes freguesias, com casas em risco. Em Vilarinho, mas há outros lugares em perigo. Pedimos incessantemente meios aéreos, é urgente. São focos muito próximos de habitações. Em relação a feridos, temos uma pessoa ferida, um civil. Arderam casas devolutas, não tenho conhecimento que casas de primeira habitação tenham ardido. Há instalações de empresas que arderam, nas Talhadas, Frágua e Senhorinha” – Pedro Lobo, presidente da Câmara de Sever do Vouga.
Oliveira de Azeméis
+ info https://fogos.pt/fogo/20241146141/detalhe
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