“Permanece muito complexa a situação nos municípios de Albergaria-a-Velha, Águeda, Sever do Vouga, Oliveira de Azeméis e também Aveiro e Estarreja”. Informação dada pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Aveiro no mais recente comunicado sobre a evolução dos fogos florestais na região que atingiram 10.000 hectares, mas podem consumir três vezes mais.
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Uma “grave situação” que levou à ativação do Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Aveiro durante a tarde.
A Proteção Civil continua a recomendar à população que siga as orientações das autoridades ‘no terreno’, evitando “a permanência em locais próximos das zonas afetadas pelos incêndios”, bem como a limitar as deslocações às necessidades “essenciais” e evitar a permanência ao ar livre, “especialmente no caso das pessoas com doenças crónicas, idosos e crianças.”
Nos eixos viários afetados pelos fogos, permanece cortada a A1 entre os nós de Grijó e Coimbra Norte, em ambos os sentidos, a A25, entre os nós de Angeja e de Reigoso, também em ambos os sentidos e o IC2, em Águeda, bem assim como outras vias/nós de acesso locais). Por isso, dada “a volatilidade da evolução dos incêndios, continua a apelar-se aos cidadãos para que não circulem nas referidas vias em direção a Aveiro”. Permanece ainda cortada a Linha do Vouga, em Águeda.
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O dia fica, até à hora deste balanço, marcado pela perda de duas vidas em Albergaria-a- Velha (ambos civis).
O município ativou uma Zona de Concentração e Apoio à População, a funcionar no Pavilhão Municipal.
Entretanto, autoridade florestal e associações procederam ao resgate de vários animais de companhia em diversas zonas de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha.
Mais de 1.200 operacionais e meios aéreos condicionados pelo fumo
Ao final da tarde, quando os meios aéreos que puderam operar em condições de segurança estavam a recolher às respetivas bases, continuavam empenhados nos diversos ‘teatros de operações’ cerca de 1.200 operacionais nos principais fogos florestais em curso que já causaram danos materiais, alguns relevantes, sobretudo ao nível de habitações e outras edificações, para além das vítimas. A lamentar três mortos (um bombeiro por doença súbita e dois civis) e diversos feridos, civis e bombeiros (dois queimados, um deles com gravidade, em Oliveira de Azeméis). Neste concelho, ao cair da noite, estava uma frente ativa, que iria continuar a seguir a ser combatida, nomeadamente com recurso a máquinas de rasto.
Discurso direto
“As coisas estão um pouco mais estáveis” – Joaquim Jorge, presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis.
Distrito de Aveiro tem a “situação operacional mais complicada” (10.000 hectares atingidos) e a “prioridade é salvaguardar vidas humanas” (ANEPC)
No ponto de situação ao princípio da noite, o comandante André Fernandes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu-se ao distrito de Aveiro, em particular às “ocorrências significativas” nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga e Albergaria-A-Velha que já atingiram 10.000 hectares (equivalente a cerca de 10.000 campos de futebol), com potencial de chegar ao triplo. Em Sever do Vouga, começaram a operar dois aviões canadair espanhóis ativados na sequência do pedido de ajuda feito à União Europeia. Durante a madrugada, os meios estarão empenhados na região em tentar reduzir as ignições para “estabilizar ao máximo” os fogos ativos, que “são complexos”. “Amanhã vão estar ativos, mas a perspetiva é estabilizar utilizando o reforço dos meios aéreos”, explicou. Sem esconder que se trata de uma “situação crítica”, o comandante da ANEPC assegurou que “o dispositivo está no terreno”, finalizando com “um apelo à calma”.
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