A Câmara Municipal de Aveiro surge como subscritora do “manifesto por uma floresta não discriminada” que foi apresentado e defendido na imprensa pelo diretor executivo da Navigator (antiga Portucel) e presidente da Celpa – Associação da Indústria Papeleira. O documento foi entretanto publicado em anúncio de três páginas em vários jornais do país.
Os elevados custos da operação e a forma organizada como a campanha tem decorrido mostram que se trata de uma iniciativa de lobby da indústria a que a autarquia aderiu. O Bloco contesta esta escolha da Câmara Municipal e quer saber os custos envolvidos. O Bloco quer ainda conhecer a deliberação da Câmara Municipal que aprovou a assinatura do manifesto. Para o efeito vai apresentar uma pergunta escrita ao executivo.
De 308 autarquias apenas oito subscrevem o manifesto. Nessas oito incluem-se as quatro onde estão implantadas as unidades fabris da Navigator o que mostra uma preocupante subserviência à indústria mas também o isolamento político destas autarquias na defesa do referido manifesto. O Bloco defende que o interesse público deva ditar a relação da autarquia com as indústrias do concelho.
O Bloco lamenta ainda que a Câmara Municipal continue a defender a liberalização da plantação de eucalipto e ignore o impacto das alterações climáticas e desta espécie nos incêndios florestais e na conservação da biodiversidade e da natureza.
Bloco de Esquerda