Ferrovia: Concessão do ramal Aveiro – Águeda está a ser analisada

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Linha do Vouga~(arquivo).

O ramal que liga as cidades de Aveiro a Águeda da Linha do Vale do Vouga poderá ser alvo de um concurso de concessão a empresa privada ligada ao sector ferroviário.

Segundo informação dada pelo presidente da autarquia aveirense na última Assembleia Municipal, pretende-se nos próximos tempo “acelerar o aprofundamento” da ideia.

O assunto foi comentado durante a análise de uma proposta de adenda ao acordo do município aveirense com a REFER (hoje integrada no grupo Infraestruturas de Portugal), que serviu para saldar as contas entre ambas as entidades que remontam ao tempo ainda da construção da nova estação e dos acessos viários envolventes. O acerto feito agora formaliza a cedência por parte da IP à Câmara do terceiro corredor (300 metros) a sul da estação para metro ligeiro e uma outra parcela de arruamentos e edificados, sendo a verba para abater na dívida saldada (13,8 milhões de euros) com a ajuda do plano de saneamento financeiro.

Ana Valente, do PCP, indagou sobre a possibilidade de se instalar um metro de superfície. Já Raul Martins (PS) reafirmou a importância de se promover um estudo técnico para analisar a possibilidade de usar o ramal de ligação ao Porto de Aveiro com aquela finalidade, permitindo a ligação à acostagem do ferry para São Jacinto.

O presidente da edilidade não vê viabilidade num projeto de metro de superfície para Aveiro, como existe no Porto, por falta de “condições de base”, nomeadamente ao nível populacional, sendo que ao nível municipal “a abordagem” passa por expandir os autocarros eléctricos.

Já quanto à proposta de Raul Martins considerou “perteninte, valendo a pena trabalhá-la, com outra reflexão ainda em velocidade lenta” mas que a Câmara deseja “acelerar”, que tem a ver com viabilização de uma nova exploração da Linha do Vouga entre Aveiro e Águeda.

“Tem potencial, tem viabilidade, não precisa de nenhum investimento megalómano como se fala para o norte [ligação de Oliveira de Azeméis a Espinho] se capacitar estruturalmente”, referiu Ribau Esteves. A ideia passaria por um “regime de concessão a privados, onde poderá haver sinergias com metro ligeiro”. Nesse sentido, admitiu “um estudo técnico por quem sabe, para ter um quadro objetivo de análise e dar passos”.

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