O PS de Santa Maria da Feira exige a demissão do Diretor Geral e do Conselho de Administração da empresa municipal Feira Viva, Cultura e Desporto.
Os socialistas dizem que a actual situação financeira da empresa “deveria preocupar todos os feirenses, conforme as demonstrações financeiras apresentadas” recentemente.
A empresa beneficiou de um financiamento bancário de 1,2 milhões de euros “com o aval” camarário. “Pode mesmo dizer-se que este empréstimo lesará os contribuintes do concelho e será usado em prol de uma empresa com gestão duvidosa, servindo apenas para criar mais encargos e dívidas para o município”, acusam os socialistas.
Em 2020, a Feira Viva, Cultura e Desporto gastará, nas contas dos socialistas, mais de 4 milhões de euros, (249 mil euros do défice do ano passado, 2 milhões de euros do Contrato-Programa de 2020, 850 mil euros de aditamento ao Contrato-Programa 2020 e 1,2 milhões de euros referentes ao empréstimo).
“A verdade veio ao de cima, isto porque o Diretor Geral reconhece que sem este empréstimo os pagamentos a fornecedores serão superiores a 6 meses, demonstrando a falta de rigor e capacidade da gestão existente na empresa durante estes anos, resultando na actual debilidade financeira”, critica o PS, denunciamndo “prejuízos contínuos” e “desequilíbrio de contas” (…) “sem uma solução viável por parte dos seus responsáveis”.
O PS considera ainda que empresa que também organiza a ‘Viagem Medieval’ e ‘Perlim’ (Natal) tem “um gasto desnecessário de 200.000 euros em rendas ao longo destes 4 anos, uma vez que tem à sua disposição um espaço público gratuito no Europarque”.
A concelhia “entende que não existem condições para o Diretor Geral e Conselho de Administração da empresa municipal Feira Viva continuarem em funções, os mais recentes factos (números negativos das contas ano após ano) assim o provam. Pelo que, devem ser substituídos imediatamente”.
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