Desde a semana passada que a Direção-Geral da Saúde (DGS), em linha com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu a utilização generalizada de máscaras como medida de prevenção e para limitar a transmissão do novo SARS-CoV-2. Esta é uma medida que não é exclusiva em Portugal, sendo a mesma considerada no mundo inteiro e recomendada por diferentes organizações internacionais.
O uso generalizado de máscaras na comunidade é, nesta fase de transmissão comunitária, uma necessidade e uma ferramenta que todas e todos nós podemos usar no combate a este vírus.
Esta medida complementar, embora não substitua todas as medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e higiene das mãos, é uma nova recomendação que tem sido mundialmente aceite.
Contudo, numa altura em que as máscaras e o álcool em gel à venda nas farmácias atingem preços absurdos e especulativos, é necessária uma resposta solidária por parte da autarquia.
A liberdade do mercado abriu caminho à existência de máscaras cirúrgicas descartáveis a cerca de 2,50 euros cada e garrafas de 100 ml de álcool em gel que atingem os 10 euros. Tudo isto resulta em que estes equipamentos de proteção individual se tornem inacessíveis à maioria da população.
Perante este cenário, o Bloco de Esquerda entende ser premente a criação de um kit de proteção gratuito que deve ser distribuído por todos os munícipes. O kit deverá ser composto por máscaras de proteção e álcool em gel e distribuído em todas as habitações do concelho de Santa Maria da Feira. O acesso aos equipamentos de proteção individual, juntamente com o reforço das normas da DGS, são um passo no sentido certo.
Garantir que os feirenses estão protegidos é garantir a descida do número de infeções e é garantir a necessária justiça e igualdade no acesso aos equipamentos de proteção individual. Nesta altura, como em tantas outras, ninguém pode ficar para trás. Para o Bloco de Esquerda a solidariedade não tira férias. A saúde e segurança dos feirenses devem ser uma prioridade.
Bloco de Esquerda
