“O nosso estado de espírito, sinceramente, é de otimismo e de confiança”. É desta forma que o presidente do Beira-Mar encara o início da segunda época seguida no Campeonato de Portugal (CdP).
Depois da equipa ter lutado até ao último jogo por um lugar no ‘torneio da promoção’, numa época que era inicialmente de ambientação às características especiais da prova, desta vez Afonso Miranda surpreende ao apontar declaradamente à subida, garantindo que os reforços fazem antever uma equipa melhor.
“Falar no objetivo de chegar à Liga 3? Acho que sim, não temos que esconder. O ano passado era para consolidar o lugar no CdP, conhecer como funcionava, as equipas, os campos. ‘Morremos na praia’, a poucos pontos da fase de subida. Este ano como temos um plantel teoricamente mais forte, acreditamos nisso, caso contrário não tínhamos mudado metade do plantel, achamos que temos condições, ainda que sem conhecer as outras equipas, para tentar fazer melhor do que no ano passado. Sim, já chega. É de tentarmos subir e não ter medo de o dizer e saber gerir a pressão”, afirmou o dirigente máximo do clube aurinegro quando acompanhava o treino do plantel esta segunda-feira de manhã.
Aos 12 jogadores novos (já oficializados ou dados como certos), vai juntar-se Rui Pinto, 21 anos, lateral esquerdo ex-Castro Daire, que fez 24 jogos no CdP (1 golo). Um jogador com formação no FC Porto, Rio Ave e Paços de Ferreira (mais informações via Zerozero.pt). É provável que o grupo ainda sofra ajustamentos, existindo alvos apontados. “Poderá haver espaço para a entrada de mais atletas, mas também estamos satisfeitos. Se não entrar ninguém, não mudamos uma linha em relação à resposta anterior, os objetivos são os mesmos. Achamos que estamos melhor e mais competitivos”, adiantou Afonso Miranda.
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Discurso direto
“Não é fácil iniciar uma época. Partimos com uma perspetiva de orçamento que não está garantido, teremos de trabalhar muito ao longo do ano para buscar o dinheiro necessário. Vai ser difícil, mas queremos continuar a ser cumpridores”;
“Em relação à SAD, continuamos a desenvolver possibilidades. Não há nada fechado. Só iremos apresentar uma proposta à Assembleia Geral quando estivermos condizentes com o investidor que queira entrar, que esteja de acordo com as ‘linhas vermelhas’ que traçámos. Só quando nos sentirmos completamente confortáveis é que levamos o assunto à Assembleia. Pode ser durante esta época. O Beira-Mar não terá necessariamente de presidir à SAD. Gostávamos que o clube tivesse a maioria do capital, mas pelas abordagens, a dezenas de pessoas, não é fácil convencer alguém que coloque a maior parte do dinheiro e deixe a outra parte decidir. Mas há mecanismos para balizar a atividade de uma SAD sem hipotecar nada, a sustentabilidade do clube e da própria SAD” – Afonso Miranda, presidente do SC Beira-Mar.
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