A região de Aveiro encontrava-se envolvida, através de empresas e da Universidade de Aveiro (UA), na fabricação aditiva de peças em metal duro, um processo em que Portugal é um país “pioneiro” a nível mundial.
A informação é avançada pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV) num comunicado dando conta da apresentação dos “primeiros protótipos”.
O consórcio responsável contou com o envolvimento, para além da UA e do CTCV, das empresas Durit (Albergaria-a-Velha) e da Beeverycreative (Ílhavo), esta última especializada em impressão 3D.
O CTCV garante que “a primeira peça produzida no mundo pelo processo de fabricação aditiva em metal duro” foi impressa em Portugal.
O consórcio ‘3D.Carbide’ usou matéria-prima sob a forma de um filamento de plástico e metal duro – carboneto de tungsténio (WC-Co) que foi desenvolvida e produzida no CTCV.
A peça foi impressa pela Beeverycreativ através da tecnologia FFF – Fabricação por Filamento Fundido.
“Esta tecnologia vem revolucionar o processo de conformação e fabrico de ferramentas sujeitas a desgaste, com vantagens significativas no que se refere ao tempo de fabrico, à produção de peças com geometrias complexas, redução de custos de mão-de-obra e matérias-primas”, explica o CTCV.
O projeto é considerado “um exemplo” de como um centro de interface tecnológico nacional intervém no desenvolvimento “em processos e produtos inovadores, com o objetivo de acrescentar valor ao negócio das empresas.”
O consórcio ‘3D.Carbide’ contou com um co-financiamento do COMPETE 2020. Com um custo de 951.697 euros, recebeu um apoio de 654.773 euros.