A instalação de contentores pré-fabricados para o funcionamento da extensão de saúde de Angeja motivou reticências do PSD.
O assunto foi levantado em recente reunião de executivo camarário pelo vereador social democrata António Almeida.
A mudança provisória deve-se à necessidade de fazer melhoramentos no edifício onde são prestados os cuidados de saúde.
Os contentores ficarão instalados num terreno da Comissão de Melhoramentos de Angeja.
Para o vereador do PSD, “não será uma solução eficaz, nem garantirá as necessárias questões de mobilidade”, considerando que o atual posto médico “carece apenas de pequenas reparações e pinturas para garantia do seu funcionamento, evitando-se a deslocação daquele equipamento para outro local”.
Na resposta aos esclarecimentos, o presidente da Câmara, António Loureiro, garantiu que o presidente da Junta local “não discordou, tendo percebido” que os contentores afiguram-se como a opção que “melhor servia a população de Angeja, em matéria de qualidade e resposta à comunidade”.
O edil ressalvou que, “a longo prazo, a competência de decisão sobre a matéria será do Ministério da Saúde”, um processo que “está a percorrer o seu caminho”.
Os eleitos do PSD mantiveram as preocupações com a falta de alternativa, nomeadamente a construção de nova unidade, receando que o funcionamento instalações provisórias se prolongue no tempo. A localização nova poderá afectar também a deslocação de utentes de Alquerubim.
Deficiências na recolha de lixo
Outro assunto relacionado com Angeja que motivou alertas do vereador António Silva foi “a deficiente recolha de resíduos urbanos” que se “agravou no corrente verão e que contribui para uma má imagem da freguesia e do município, além dos riscos para a saúde pública.”
Além de amontoados de resíduos junto aos contentores, verifica-se “falta de cuidado” no seu manuseamento, alguns já extremamente danificados.
O presidente da Câmara confirmou a insatisfação com o serviço, generalizada ao nível concelhio, o que pode levar à rescisão do contrato por incumprimentos vários. As diversas reuniões e chamadas de atenção à empresa prestadora “não regularizaram a situação.”
A recolha de lixo urbano em Albergaria-a-Velha é feita no âmbito de um contrato que envolve ainda os municípios de Vagos e Oliveira do Bairro, também com problemas idênticos.