Exportações de componentes automóveis com quebra histórica de 76% em abril

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Renaul,t, Aveiro.

O valor das exportações de componentes automóveis registou em abril de 2020 uma diminuição de 76% em relação ao mesmo mês do ano transato.

De acordo com os dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) as vendas em abril de componentes automóveis para o exterior derraparam 76% em relação ao mesmo mês do ano passado. A maior quebra mensal alguma vez registada.

Salienta-se que já em março as exportações diminuíram 26%, o que interrompeu o arranque positivo de 2020. Altura em que se registaram acréscimos de 7% e 8%, janeiro e fevereiro, respetivamente.

Estes valores de abril refletem os efeitos da pandemia COVID-19, com o abrandamento geral da atividade, encerramento temporário das fábricas de automóveis e consequente cancelamento de encomendas.

No acumulado até abril as exportações caíram para os 2.700 milhões de euros, o que representa uma descida de 21% face ao primeiro quadrimestre de 2019. Ou seja, as vendas ao exterior caíram quase 720 milhões de euros entre janeiro de abril, face ao período homólogo de 2019.

Em termos de países destino das exportações, Espanha ocupa a primeira posição com vendas de 751 milhões de euros (-17,0% face a janeiro-abril de 2019), seguida da Alemanha com 555 milhões de euros (-20,7%) e em 3º lugar surge a França com um registo de 334 milhões de euros (-34,5%). No que se refere às exportações para o Reino Unido totalizaram 214 milhões de euros (-25,0%).

No total, estes 4 países concentram 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

De referir que os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de Junho pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

Sobre a AFIA

A AFIA é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.

Esta indústria agrega 240 empresas com sede ou laboração em Portugal, com um volume de emprego directo na ordem das 59.000 pessoas. Factura 12 mil milhões de Euros por ano, com uma quota de exportação superior a 80%.

Em termos de importância na economia nacional, representa 6% do PIB, 8% do emprego da indústria transformadora e 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis.

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