O presidente da Câmara de Águeda teme uma nova “perda de proximidade” dos serviços judiciais, “com prejuízo para as populações”, em caso de mais uma reorganização de juízos na Comarca de Aveiro, estando a aguardar clarificação da tutela na sequências de ofícios e contactos mantidos nas últimas semanas.
Em causa, segundo um alerta recente lançado pela delegação de Águeda da Ordem dos Advogados, estará a concentração em Aveiro da secção do juízo de instrução criminal que atualmente serve, a partir de Águeda, municípios do sul do distrito.
Outra alteração que preocupa os meios judiciais aguedenses é a possível perda do juízo cível, obrigando a recorrer a tribunais vizinhos.
Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda, referiu na Assembleia Municipal extraordinária realizada na passada sexta-feira que oficiou, além do Ministério da Justiça, o Conselho Superior da Magistratura e o juiz presidente da Comarca de Aveiro, não tendo, até então, qualquer confirmação de mudanças.
“Aguardamos ainda um conjunto de informações sobre pendências, por exemplo, para fazer mais diligências”, declarou o edil depois de questionado por deputados.
Lembrou, a propósito, que a instalação do juízo de instrução criminal em Águeda há dois anos contou com “apoio” camarário, incluindo investimento. “Não é um problema de instalações”, referiu, mostrando-se “absolutamente confiante” na manutenção dos serviços “, especialmente de um dos dois juízes de instrução da Comarca de Aveiro, “a bem do interesse da população”.
Jorge Almeida assumiu saber que o juiz presidente da Comarca “gostava” de centralizar o juízo de instrução, não entendendo uma medida que “vai contra a proximidade às populações”.