Estudo para o Rossio cumpre regras dos fundos europeus a “100 por cento” – Ribau Esteves

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Casa da Cidadania, Aveiro.

O presidente da Câmara de Aveiro garantiu que o financiamento do projeto de requalificação do jardim do Rossio está de acordo com as orientações dos fundos europeus para obras do pacote do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro (PEDUCA).

“Todo o enquadramento legal, ligado às condicionantes PEDUCA, do quadro normativo nosso financiador Centro 2020, são em absoluto cumpridas pela Câmara, a 100 por cento. Dizer o contrário é uma afirmação equívoca, estamos ao dispor para clarificar. Mesmo não sendo o estacionamento subterrâneo financiado directamente”, assegurou.

Ribau Esteves falava à margem da inauguração das obras de qualificação da ‘Casa Municipal da Cidadania’, este sábado à tarde.

Na parte da manhã, aquando de uma manifestação contra o projeto escolhido pela Câmara para requalificar o jardim do Rossio, o movimento ‘Juntos pelo Rossio’, através do seu porta voz David Iguaz, apontou “incongruências e irregularidades” em relação às obrigações assumidas no PEDUCA, nomeadamente em termos ambientais, para diminuir o CO2, por exemplo, ou o dinamização de parques periféricos da cidade, para reduzir o trânsito.

“Respeito as 200 ou 300 pessoas que estiveram, disseram-me que era um grupo dessa ordem. Não fui contar. Respeito os 80 mil que não foram, esses também respeito muito”, começou por dizer.

Ribau Esteves adiantou ainda que irá acolher muitas das queixas em relação ao primeiro esboço feito aquando do concurso de ideias. “Temos ouvido tudo com muita atenção e devo garantir que a primeira versão do estudo prévio vai lá ter muitas ideias pertinentíssimas transmitidas pelas pessoas, como a área verde e arvoredo, vai estar absolutamente acolhido”, garantiu.

“Aguardamos se o estudo geotécnico diz que isto é sustentável financeiramente ou não”

O processo encontra-se “na fase do desenvolvimento da primeira versão do estudo prévio”, que aguarda que terminem os dois estudos principais “para tomar decisões” – o estudo de tráfego e o estudo geotécnico.

A prospeção arqueológica irá começar nos próximos dias, mas não é decisiva.

“Com os dois estudos principais na mão, a empresa projetista irá apresentar a primeira versão do estudo prévio. Vamos discuti-la e partilhá-la publicamente”, afirmou o edil.

Do estudo geotécnico e da análise financeira à opção que determinar no que diz respeito ao estacionamento subterrâneo é que resultará a decisão de construir ou não.

“A primeira versão já terá o sim ou não. Aguardamos se estudo geotécnico diz que isto é sustentável financeiramente ou não. Será um estudo prévio com muita maturidade”, adiantou Ribau Esteves.

“À superfície, as grandes questões, os passeios maiores, aumentar a área verde, a arborização, a redução do automóvel, nisso estamos de acordo. O estacionamento é muito importante, acho que precisa de uma oferta, enterrado, porque a superfície é para os circuitos pedonais, os eventos e relvados. Durante Novembro teremos a primeira versão fechada, iremos para a segunda e trabalhar no projeto”, acrescentou.

‘Casa da Cidadania’ multigeracional e multicultural

O edifício da antiga ‘Casa da Juventude’ sofreu uma intervenção de 145 mil euros. A Câmara traçou dois objetivos, segundo explicou o edil. O primeiro foi “dar uma qualificação que precisava bastante e criar uma ambiência radicalmente diferente: mais moderna, mais espaço interior, atrativo e alegre”.

O segundo tem a ver com as atividades a desenvolver na casa que deixa de ser da juventude, passando a ter “um conceito novo, com muitos programas para os jovens mas também para os seniores e de cidadania. “Vamos ter um grande evento anual de montra e incentivo das atividades, será aqui a sede da nova política municipal de cidadania, multigeracional, multicultural, dos estudantes Erasmus que temos na nossa universidade”, explicou Ribau Esteves.

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