O PS de Estarreja anunciou que “vai questionar as entidades competentes” sobre dúvidas suscitadas nas últimas semanas com a medição da qualidade do ar no concelho.
O pedido de esclarecimento deve-se a “sérias questões”, nomeadamente não ter sido detectado pela estação de monitorização local, instalada no lugar da Teixugueira, uma ‘fuga’ de policloreto de vinilo (PVC) na fábrica da CIRES ao início da manhã da segunda-feira passada.
No entanto, no dia anterior, entre as 9:00 e as 12:00, foi assinalada a presença no ar de partículas PM 2,5 (as mais perigosas para a saúde pública) “no vermelho”, correspondendo a ar “não saudável”, refere a concelhia socialista em comunicado.
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A emissão da CIRES “espalhou bolinhas brancas, muito pequenas, que cobriram superfícies de veículos automóveis, estacionados no centro de Estarreja ou nas imediações da empresa”, adianta o PS.
“PVC é plástico. Espalhar plástico no ambiente, como é do conhecimento geral, é altamente poluente. Os plásticos são uma preocupação ambiental crescente, porque se transformam em microplásticos que não são biodegradáveis, acumulando-se no organismo de seres vivos, incluindo humanos, onde, segundo estudos recentes, estão a ser detetados em locais recônditos dos pulmões, por exemplo”, lembram os socialistas.
A CIRES, na informação tornada pública após a libertação do gás (em quantidade não apurada), minimizou as consequências para a saúde pública, por tratar-se de “um produto não perigoso”. Mas para o PS de Estarreja qualificar a descarga de PVC “ambientalmente inofensiva revela pouca consideração pelo nível de informação de quem recebe a mensagem”.
Em Estarreja, lamenta concelhia, “já estamos habituados a que toda e qualquer emissão para a atmosfera seja considerada inofensiva, seja ela dióxido de azoto ou PVC.”
O PS lembra que traçou como “desígnio” do atual mandato autárquico fazer com que as questões do ambiente “sejam discutidas e debatidas a favor de uma terra despoluída e que contribua localmente para a boa qualidade ambiental do país”.
A concelhia de Estarreja tem um grupo de trabalho que se tem dedicado a seguir as questões da qualidade do ar.
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