Os dois eleitos do PS na Câmara de Estarreja questionaram, recentemente, o aparecimento de outdoors (publicidade de grande formato) “com a apresentação de projetos” municipais “que ainda não passaram disso mesmo”.
O assunto foi levantado numa reunião do executivo camarário pelos vereadores Catarina Rodrigues e Ricardo Fernandes.
Os socialistas pediram informação relativa aos encargos “para o erário público” suportados pela edilidade com a promoção em causa e quem a justificação para os mesmos.
Para os vereadores, “seria aceitável se fosse um procedimento habitual, o que, de facto, não é”. Ou se os cartazes servisse para informação os estarrejenses sobre prazos de execução e fontes de financiamento dos projetos.
O PS conclui que “o objetivo passa por usar dinheiro público em estratégias de propaganda barata ao serviço de alguns”, relacionando a campanha com a aproximação de eleições autárquicas.
Entende a oposição socialista, ainda, que os outdoors demonstram a “total incapacidade” da maioria PSD-CDS em “passar dos projetos à obra” e, além disso, “está com medo de perder” as próximas eleições.
Na resposta, o vice-presidente, Adolfo Vidal justificou que os cartazes são “informativos”. Cumpre, assim, a Câmara “o deve e obrigação de informar os munícipes”.
Garantiu também que todos os projetos de investimento divulgados “estão inscritos em documentos previsionais” do município, figurando no orçamento de 2021 ou seguintes por terem carácter plurianual.
“Não fazemos considerações sobre os sentimentos de vergonha, medo e pavor transparecidos na declaração dos senhores vereadores”, concluiu o número dois da Câmara assumindo ainda o compromisso de prestar informação sobre os custos dos outdoors.