O Dia Mundial da Alimentação assinala-se hoje, dia 16 de outubro, e o Município de Estarreja anuncia os resultados da implementação do projeto “Prato Sustentável” nos refeitórios escolares da rede pública do concelho de Estarreja, no período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2024, que permitiu uma significativa redução da pegada ambiental no concelho.
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Nos primeiros seis meses de 2024, o Município de Estarreja, em parceria com os Agrupamentos de Escolas do concelho, com este projeto, que tem como objetivos uma alimentação saudável e a redução da pegada de carbono, e segundo os dados do relatório da Associação Vegetariana Portuguesa (link relatório), pouparam-se cerca de 133 toneladas de gases de efeito de estufa, o que representa uma pegada ambiental das refeições de base vegetal cerca de 6.3 vezes menor, do que se tivesse sido servida uma refeição de carne ou peixe. Esta redução de emissões é ainda equivalente a 227 viagens de avião de ida e volta a Munique.
João Alegria, vereador da Educação, afirma que “o Município de Estarreja continuará a promover escolhas alimentares que promovam uma melhor saúde nas escolas e apoiam a sustentabilidade.” Considera ainda que este “é um processo de consciencialização que paulatinamente vai fazendo o seu caminho, exigindo também uma educação para uma boa alimentação. As refeições respeitam, quer na quantidade quer na qualidade, as exigências nutricionais e são constituídas por alimentos que muitas vezes são esquecidos e que fazem parte da dieta mediterrânea.”
A nutricionista do Município de Estarreja, Clara Novais, explica que pelo Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2014-2016), “sabemos que a população portuguesa consome o triplo da quantidade de carne, peixe que deveria e este consumo excessivo, sobretudo de carne, tem impacto na saúde (sendo preocupante para a prevenção de doenças crónicas) mas também no ambiente, dado que a indústria pecuária é a que mais produz emissões de gases com efeito de estufa, seguindo-se os transportes.” Alerta ainda que estes dados “não devem ser ignorados e globalmente a alimentação deverá responder a estas exigências.”
Além de promover a sustentabilidade ambiental, esta iniciativa contribui “para a consciencialização dos estudantes e da comunidade sobre a importância de repensar o consumo alimentar e adotar hábitos mais sustentáveis, para o bem das gerações atuais e futuras”, notou a nutricionista.
Câmara de Estarreja
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