Estarreja conta com gabinete de apoio emigrante para ajudar a acolher mais famílias da Venezuela

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Câmara de Estarreja.
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O “regresso muito significativo” à região de Aveiro de cidadãos da Venezuela com raízes familiares em Portugal está a contar com “uma atitude de grande abertura da sociedade, para se estabelecerem, empreenderem, desenvolverem as suas vidas”, assim como “uma grande atitude cooperativa e das Câmaras Municipais”.

Elogio deixado esta manhã em Estarreja pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que foi assinar o protocolo de instalação do 146ª Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE) no País (46 dos quais criados pelo atual Governo, num esforço de expansão).

A crise económica e financeira teve “grande impacto” entre 2010 e 2015, com perto de 500 mil pessoas a saírem de Portugal, de todas as regiões. “Muitas voltaram em períodos inferiores a um ano”.

O serviço, uma espécie de loja de cidadão, com serviços e funções vários, nomeadamente económicas e empresariais em articulação com o gabinete de apoio ao
investidor na diáspora.

O gabinete tem “outro significado” que José Luis Carneiro sublinhou, lembrando que a região possui “bolsas de emigração fortes” em mais destinos, como EUA e França. “É uma porta aberta para 148 representações consulares em todo o mundo, de ajuda a acolhimento ou proteção em emergência, mas também serve para preparar o regresso e boa integração”, disse.

“Não sentimos um alarme social” – autarca

Diamantino Sabina, presidente da autarquia estarrejense, acredita que o serviço irá ajudar, especialmente que está de volta a Portugal “devido ao drama na Venezuela”.

Apesar de “terem vindo muitos e muitos”, o edil deu conta da normalidade no fluxo gerado por força política e económica naquele País.

“Não sentimos um alarme social, apesar de terem vindo muitos e muitos. A comunidade tem recebido estas pessoas de forma qualificada, não surgiram problemas graves de emprego ou habitação. A rede social tem funcionado bem”, referiu Diamantino Sabina, destacando o papel da associação empresarial SEMA.

“Sabemos que isto vai aumentar consideravelmente, são muitos que estão para vir. Nós temos de estar preparados. O gabinete é importante para os receber, chegam com uma mão à frente a outra atrás, sem nada. Queremos estar preparados”, concluiu o autarca.

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