Um resultado bem melhor do que a exibição. Numa altura em que o mais importante é somar três pontos jogo a jogo, a vitória caseira com o Alpendurada (2-1) foi valorizada, deixando em segundo plano a qualidade do futebol prático.
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Miguel Valença, treinador do Beira-Mar, transmitiu essa visão pragmática no balanço da partida.
“O nosso objetivo principal era conseguir os três pontos, depois voltar a não sofrer golos. Nos dois erros sofremos um golo e o Alpendurada teve a segunda grande oportunidade aos 90+2, com uma grande defesa do nosso guarda-redes. Mas no geral, fizemos o que tínhamos de fazer, que era conquistar os três pontos Com compromisso, entre ajuda e dedicação”, afirmou.
Um jogo que teve duas partes “completamente distintas” no futebol praticado pelos locais. “A seguir ao golo do Alpendurada, não nos encontrámos mais. Não andámos à deriva, porque estivemos organizamos e não permitimos que criassem grande perigo, tirando o último lance”, ressalvou Miguel Valença.
“Queríamos marcar cedo, conseguimos. Ajustámos a equipa, porque o adversário pressionou um pouco mais. Depois tivemos uma oferta em tempo de carnaval”, lamentou o treinador.
Na segunda parte, a equipa foi reorganizada mas não conseguiu “sair” para o ataque como se pretendia, “a jogar mais simples e de forma direta”. Depois, “não marcando sabíamos que não podíamos sofrer”.
“A nível mental”, a equipa “ainda não foi tão forte” como se pretende, o que fez pairar resultados penalizadores em casa quando estava com tudo a favor para ganhar. “O golo veio condicionar, apareceram os fantasmas, o Beira-Mar nunca ganhou dois jogos seguidos para o campeonato, foi a primeira vez”, sublinhou Miguel Valença.
Ainda assim, após esta vitória, “da forma como aconteceu”, o treinador mostrou-se confiante em tirar frutos do trabalho mais adiante. “Acredito que mentalmente o grupo vai ficar mais forte, porque trabalhar sobre vitórias é completamente diferente”, disse.
“Estamos com um mês de trabalho, cinco jogos, oito pontos em 12. Estamos a crescer. Nesta fase, é muito mais importante consolidar a vitória do que a exibição. Neste aspeto, acredito que com o andar do campeonato, também vai acontecer”, sublinhou Miguel Valença.
O plantel continuará a sofrer ajustamentos. Depois do guarda-redes Luís Pedro, que ‘pegou de estaca’ na baliza, chegou o médio gambiano Bun Sanneh, que teria prestado, tudo indica, provas positivas em Paços de Ferreira, mas ainda não foi opção, prosseguindo a sua adaptação.
O treinador está a contar esta semana com mais dois reforços, ambos para o ataque: um extremo e um ponta de lança que também joga como extremo, devendo, assim, completar o grupo desejavelmente “mais competitivo para garantir, em primeiro lugar, a manutenção”.
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Rúben Silvestre, ex- S. João de Ver, foi confirmado pelo clube através das redes sociais. O jogador (defesa / extremo direito) estava nos ‘malapeiros’ há três épocas. Na corrente, disputou 18 jogos, tendo apontado quatro golos (+ info zerozero.pt).
Discurso direto
“Fizemos um grande jogo, um bom jogo. Arrisco dizer que a haver um vencedor seria o Alpendurada, pelo que fez na segunda parte. Na primeira, cometemos dois erros. Não entrámos bem, depois melhorámos, criámos um movimento que treinámos que era atacar o espaço nas costas da linha. Na segunda parte, corrigimos e fizemos o golo. A segunda parte foi toda do Alpendurada, foi pena não termos finalizado nas oportunidades criadas” – Paulo Cadete, treinador do Alpendurada.
Ficha de jogos, resultados e classificação via FPF.
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