Estaleiro-Museu da Torreira vai ser requalificado

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Projeto para o estaleiro museu do Monte Branco.

A Câmara da Murtosa lançou o concurso público para a reabilitação e ampliação do Estaleiro-Museu da Praia do Monte Branco, na Torreira.

A empreitada, que tem como valor base 372.497 euros, “consistirá, essencialmente, na ampliação do espaço”.

A obra será executada “através da materialização de um novo edifício, a norte do atual estaleiro, com uma dimensão que permitirá a construção, no seu interior, de embarcações tradicionais de maior envergadura e na reabilitação do corpo atual, que se articulará funcionalmente com o novo edificado”.

O espaço passará a albergar um centro interpretativo da construção de embarcações tradicionais, com uma exposição permanente e espaço para exposições temporárias.

“Desta forma, os visitantes poderão, simultaneamente, conhecer um pedaço da memória histórica, cultural, económica e social do povo marinhão e assistir, ao vivo, à construção e reparação de embarcações tradicionais”, refere uma nota de imprensa.

O projeto da reabilitação e ampliação é da autoria do arquiteto murtoseiro João Ruela, que havia já desenhado não só estaleiro existente como toda a intervenção de requalificação da área do Monte Branco, levada a cabo pela autarquia, em 2009.

“O Estaleiro-Museu da Praia do Monte Branco, propriedade do Município da Murtosa é um espaço peculiar de conhecimento e valorização das artes de construção de embarcações tradicionais, que se assume como um verdadeiro museu vivo do património marinhão”, lembra a Câmara da Murtosa.

Inaugurada há cerca de 10 anos, alberga a atividade do Mestre José Rito, que se dedica a construção de moliceiros e bateiras.

“A requalificação e ampliação deste espaço, localizado na beira-ria, possibilitará o incremento da sua atratividade e funcionalidade”, explica a autarquia.

Pretende-se também criar “um espaço museológico de referência, no concelho e na região, um verdadeiro ‘museu-vivo’, que exaltará a importância da ria, da pesca, das embarcações e dos processos construtivos tradicionais, num território que, com propriedade, ostenta o epíteto de coração da ria e pátria do moliceiro”.

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