Está de volta o Special One!

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José Mourinho, à esquerda.
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Dispondo de um contrato de longo prazo, terá tempo suficiente para construir paulatinamente uma equipa com os princípios de jogo que pretenda, e para planear corretamente as temporadas seguintes.

Por David Vinagreiro *

Após praticamente um ano de inatividade, depois ter deixado o Manchester United no dia 18 de Dezembro de 2019, José Mourinho regressa agora à Premier League para comandar os destinos do Tottenham até 2023.

Um contrato longo que lhe dará portanto estabilidade para construir uma equipa à sua imagem e atingir os objetivos desejados.

O técnico português assume os londrinos quando estes ocupam um paupérrimo décimo quarto lugar da tabela classificativa, a uns meros três pontos de distância do quinto lugar, mas já com 11 pontos de atraso relativamente ao quarto classificado, Manchester City. Estão portanto bastante distantes da última posição que concede acesso à disputa da Liga dos Campeões, sendo esta muito difícil de alcançar.

Com apenas três vitórias em doze encontros disputados, os Hotspurs vinham sendo bastante criticados, não conseguindo sair desta senda negativa de resultados. Pochettino deixou no entanto a equipa na segunda posição do grupo B da Champions League, com mais quatro pontos do que o terceiro classificado, e com a qualificação para a fase seguinte prestes a ser assegurada.

Após uma época em que logrou uma histórica presença na final, onde acabaria por ser derrotado frente ao Liverpool por duas bolas a zero, irá apostar certamente nesta temporada em cimentar o seu estatuto europeu.

Olhando para a principal competição interna, os grandes objetivos já se encontram neste momento praticamente inalcançáveis, sendo muito difícil igualar o quarto lugar onde terminou a época transata. Portanto, a grande aposta para o que resta desta temporada será certamente no contexto europeu.

José Mourinho juntará também à ambição do clube, a sua ambição pessoal em vencer a principal competição de clubes pela terceira vez, e num terceiro país diferente. Após as conquistas em 2003/2004 pelo Futebol Clube do Porto, e na temporada 2009/2010 ao serviço dos italianos do Inter de Milão, o timoneiro luso apenas conquistou mais uma competição continental, mas de menor dimensão.

A Liga Europa conquistada em 2016/2017 pelo Manchester United foi a sua última grande conquista (em conjunto com duas taças internas) antes deste “ano sabático”.

Com um plantel recheado de nomes sonantes, como por exemplo Harry kane, Lucas Moura, Son, Dele Alli, Lo Celso ou Hugo Lloris, existe matéria-prima mais do que suficiente para começar a construir uma equipa com qualidade para chegar longe na Europa, e para melhorar bastante a sua classificação na liga inglesa.

Dispondo de um contrato de longo prazo, terá tempo suficiente para construir paulatinamente uma equipa com os princípios de jogo que pretenda, e para planear corretamente as temporadas seguintes, por exemplo ao nível da construção do seu plantel. Havendo um Mourinho ao seu melhor nível neste regresso, a disputa pela liga inglesa, que neste momento se cinge às duas maiores potencias, Liverpool e Manchester City, poderá ganhar um novo fôlego. Resta esperar para ver….

David Vinagreiro.

* Formado em Ciências do Desporto, treinador de futebol ([email protected]).

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