Esgueira: Bloco está preocupado com a democraticidade do orçamento participativo e pede esclarecimentos à Junta

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Edifício sede da Junta de Freguesia de Esgueira.

O Bloco de Esquerda está preocupado com a falta de democraticidade do processo do orçamento participativo (OP) de Esgueira. Em causa, está a arbitrariedade dos critérios de avaliação das propostas apresentadas.

Em 8 propostas apresentadas pelos cidadãos e cidadãs da freguesia, apenas 3 foram aceites a votação. Para o Bloco é clara a falta de critérios objetivos na avaliação das propostas, e, portanto, apresentou uma pergunta escrita ao executivo.

Para o Bloco, a participação cívica na gestão pública pode trazer contributos para uma maior eficácia da gestão dos recursos, uma maior transparência e articulação territorial, uma maior capacidade de fiscalização, uma maior visibilidade e proximidade do ato governativo, um enriquecimento do processo de decisão, o desenvolvimento da cidadania e educação para a “causa” pública, um maior conhecimento da realidade dos cidadãos e um maior ajustamento do investimento público às suas necessidades.

João Moniz, representante do Bloco eleito na freguesia, considera que estes processos participativos devem ser conduzidos por critérios de rigor, equidade e transparência com vista à construção de espaços de participação e decisão política que envolvam as populações.

“É lamentável que o executivo de Freguesia não tenha usado esta oportunidade para promover uma discussão alargada junto dos cidadãos sobre o processo de participação, já que as propostas concretas que estão em cima da mesa nem sequer foram apresentadas e discutidas publicamente” avança o eleito do Bloco em Esgueira.

O OP na Freguesia de Esgueira parte de uma recomendação apresentada pelo Bloco na Assembleia de Freguesia, aprovada por maioria em dezembro de 2017. Desde o início deste processo que o partido defende que deveria existir um regulamento detalhado que definisse, entre outros aspetos, a comissão de acompanhamento, o processo de apreciação de propostas. O Bloco alertou várias vezes que sem um regulamento, a transparência e democraticidade do OP estariam seriamente comprometidas.

Em resumo, o partido quer saber quais foram os critérios objectivos de exclusão e inclusão das propostas submetidas; quando é que o executivo local pretende disponibilizar publicamente a totalidade do texto das propostas apresentadas e a identidade dos proponentes de cada uma delas; bem como as atas das reuniões onde foram discutidas e avaliadas todas as propostas.

Bloco de Esquerda – CCCA

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