Dois cantos valeram os golos do Beira-Mar em Avanca, este domingo, de onde a equipa regressou com a 11ª vitória na bagagem em outras tantas partidas do Campeonato Sabseg, zona sul.
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“Fomos eficazes na bola parada, no momento em que teríamos de ser. Hoje particularmente teríamos de ser, mas o jogo não se resume apenas a esses momentos”, começou por analisar o técnico aveirense no rescaldo do embate com os avancanenses a fechar a primeira volta.
A vantagem provocou algum relaxamento que os locais aproveitaram para tentar ‘fazer pela vida’. “Nos últimos 10 minutos da primeira parte, tivemos alguma confiança excessiva, permitimos uma ou outra transição em que o Avanca poderia ter causado problemas”, admitiu o ‘mister’ aurinegro.
“Na segunda parte, optámos por ver a baliza adversária como fazemos sempre. A nossa relação melhorou muito no que foi a gestão. Por isso, o Avanca teve ainda mais dificuldades para chegar à nossa baliza. Não fomos muito ‘agressívos’, mas procurámos chegar ao 0-3 para ‘matar o jogo’, não conseguimos. De qualquer forma, saímos, naturalmente, satisfeitos com o que fizemos hoje”, acrescentou.
Ricardo Maia continua a ter o cuidado de não usar palavras que possam denunciar excesso de confiança no percurso no campeonato. “O Beira-Mar preparou-se para ser competitivo nesta realidade em que o clube está. Hoje dormimos todos satisfeitos. Amanhã está o Fermentelos na cabeça de todos nós, porque nem a metade da época vamos, falta muito. Era excelente continuar este percurso, mas temos a noção da dificuldade que nos espera na segunda volta, equipas que vão querer fazer pela vida, vão esperar mais pelo nosso erro. Vamos continuar a ser nós próprios. O jogo seguinte é o que mais importante”, afirmou.
“Era difícil projetar esta primeira volta antes da época começar”
No balanço da primeira volta, notou que “o Beira-Mar até ao dia de hoje foi competente e provou-o dentro do campo” com reflexo nos resultados. “Vamos trabalhar para isso continuar a acontecer”, garantiu Ricardo Maia assumindo que a equipa está a ultrapassar as expetativas. “Era difícil projetar esta primeira volta antes da época começar. Muito do sucesso resulta do ambiente no balneário, mas vivemos no dia-a-dia a nossa realidade. Sei o que os adeptos querem, vamos continuar humildes. Queremos arrancar a segunda volta com mais uma vitória”, concluiu o técnico do Beira-Mar empenhado em prolongar o ciclo invicto.
Maurício, que tem sido nos últimos jogos titular no meio campo, sofreu uma lesão em Avanca que o vai obrigar a parar (corte na ‘canela’ sem atingir a zona óssea).
Discurso direto
“Não era por acaso que o Beira-Mar tinha 10 vitórias em 10 jogos, com jogadores bastante mais fortes. Há sempre uma percentagem em conseguir lutar por um resultado positivo perante um adversário assim. Logo no primeiro minuto, a equipa teve uma meia ocasião, pensei que seria um bom tónico.
Mas a vitória do Beira-Mar é perfeitamente justa, foi uma equipa que nos dominou, pela posse de bola, e controlaram o jogo.
Um jogo destes, para nós, é para aprender. Temos uma média de 19 anos, jogámos com dois juniores, é normal que surjam falhas e superioridade do adversário. Sofremos dois golos de bola parada. O Beira-Mar tem muita experiência, jogadores de primeira Liga.
Temos de valorizar o bom que fizemos em termos de posicionamento e perceber o que é controlar um jogo. O Beira-Mar é de outro campeonato.
Terminamos a primeira volta com 16 pontos, para uma equipa que foi feita muito à pressa, sem a vinda dos jogadores que estavam na base deste projeto, que seriam importantes reforços. É apostar nesta juventude, em Portugal há óptimos jogadores. A nossa saiu mais forte de hoje.
Tenho a lamentar a lesão do Maurício, ficou bastante mal tratado neste lance, desejo as melhoras. Vão os dois jogadores à bola. Não há intencionalidade do nosso, um júnior.
O projeto em Avanca assentava em oito jogadores que treinei ligados ao Antuérpia, onde estive, que dava garantias. Não para subir, mas para valorizar os jogadores em processo competitivo em que seríamos mais fortes. O Avanca aprovou uma SAD, vamos tentar que isso permita ultrapassar as dificuldades colocadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de não haver uma garantia financeira. A SAD pressupõe 250 mil euros, houve aqui já investimento. Não fui embora, porque tinha um compromisso. Sinceramente a equipa sendo muito jovem está a ultrapassar as expetativas, num campeonato competitivo. O meu futuro aqui depende dos investidores e do que pretendem fazer, na valorização de jogadores e da própria SAD, se quiser subir de divisão. Para já, espero em Janeiro termos 4 ou 5 dos reforços previstos aqui até ao final da época” – Luís Norton de Matos, treinador do Avanca.
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