A Escola Profissional de Aveiro (EPA), fundada há 30 anos, internacionalizou a sua atividade na sequência de um protocolo celebrado com o Instituto Lusófono de Educação Superior (ILUSES) “tendo em vista a formação profissional de jovens brasileiros em Portugal.”
“No âmbito do projeto educativo da EPA, único em Portugal, e que está a ser objeto de um Plano de Inovação contratualizado com o Ministério da Educação, esta Escola abre agora caminho para a sua plena internacionalização, depois de algumas experiências no acolhimento de alunos estrangeiros que vieram estudar em Portugal e na região de Aveiro”, refere um comunicado.
O presidente da direção pedagógica da escola, Jorge Castro, deslocou-se ao Brasil, onde deu a conhecer o modelo de ensino-aprendizagem adotado pelo estabelecimento de ensino profissional em que envolve as empresas na formação dos seus alunos.
“Recrutar jovens fora do país, designadamente vindos do país irmão de Portugal, o Brasil, integrando-os neste projeto de educação e de formação profissional diferente e próximo da verdadeira realidade e necessidade do nosso país, parece ser mais uma possibilidade de colmatar este desajustamento entre as escolas com ensino profissional e as empresas empregadoras”, refere o comunicado da EPA.
O ILUSES, que é considerado “um instituto de grande prestígio no Brasil, sobretudo no norte e nordeste brasileiro”, irá colaborar na identificação de jovens brasileiros e suas famílias interessadas em aprender uma profissão em Portugal e na região de Aveiro.
As duas entidades estão agora a trabalhar, em conjunto com diversos municípios brasileiros, para já no próximo ano escolar serem selecionados e recebidos na região de Aveiro 25 jovens que serão colocados em diversos cursos profissionais da EPA. “Esta será uma primeira tarefa, num trabalho piloto, que permitirá medir a qualidade deste projeto inovador que, esperam as partes, será de grande relevância social e económica para os dois países.”
Discurso direto
“Esta é uma oportunidade que muitos jovens e suas famílias esperavam há muito, sobretudo uma população que já entendeu que a única possibilidade de melhorar as suas vidas é a valorização escolar e profissional, que é aprender uma profissão e ter logo trabalho garantido” – Walter Borges, presidente do ILUSES.
“Existe um absoluto e absurdo desajustamento entre o que as empresas precisam de mão de obra qualificada e o que as escolas estão a fazer para contrariar esta realidade. Por natureza e feitio, as empresas não procuram as escolas e as escolas não procuram as empresas para resolver este problema. Ao contrário, escolas e ensino superior procuram-se e encontram-se permanentemente numa mútua valorização de doutores e engenheiros. E é também por isso que chegámos onde chegámos” – Jorge Castro, presidente da direção pedagógica EPA.
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