Engenharia XXI. Pseudo-monómio adotado pela Ordem dos Engenheiros (OEng) para transmitir “transformação” ou “modernização”. Faz parte dos desígnios para o mandato 2022-2025, como um propósito que no início se vislumbrava exequível e que na atualidade está conseguido e consolidado. É um legado.
Por Fernando de Almeida Santos *
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Na verdade, a OEng era muitas vezes apelidada de uma instituição do antigamente, virada para o passado, uma espécie de “clube dos poetas mortos”, com a heráldica e indumentária de outros tempos e, portanto, muito pouco apelativa e sem atratividade correspondente aos tempos modernos. Não é menos verdade que a OEng se deve pautar por um elevado rigor institucional e manter uma vertente de cumprimento do dever que lhe está acometido pelo Estado português, ainda que o seu governo seja assegurado interpares.
Foi precisamente esse foco de modernização, mas também o sentido de equilíbrio institucional, que toldou a intervenção do Bastonário e restante equipa diretiva da OEng neste mandato. Catapultar a Ordem no século XXI sem que esta perdesse a sua identidade.
Nesta medida, determinou-se logo no início do mandato, uma série de medidas que visavam trazer a OEng para a contemporaneidade do conhecimento e da tecnologia dos nossos tempos:
– O primeiro grande pilar foi a aproximação aos membros através de respostas desmaterializadas e interativas, baseadas no “digital”, onde os engenheiros podem tratar de praticamente todos os seus assuntos via um novo Portal e, a curto prazo, também, através de Aplicação da OEng;
– Também foi criado o VALORe, um sistema de valorização profissional dos engenheiros, conforme explicado no último número da INGENIUM, totalmente novo, disruptivo, exclusivo internacionalmente e de iniciativa marcadamente portuguesa através da idealização de um modelo que permite o envolvimento de todos os membros por igual, de aplicabilidade universal;
– Foram dinamizados novos Colégios de Especialidade de acordo com a atualidade dos processos tecnológicos e adaptação aos novos modelos de Engenharia. Colégios de Engenharia Aeronáutica e do Espaço, Engenharia Alimentar, Engenharia Biomédica e Bioengenharias, Engenharia e Gestão Industrial e Engenharia de Segurança e Qualidade são agora realidades e já em prática.
A revisão do Estatuto, e a publicação dos respetivos Regulamentos adjacentes, permitiu à Ordem reajustar a sua orgânica e flexibilizar a ligação aos membros, através da possibilidade e um reconhecimento evolutivo do exercício profissional ao longo da vida, abolindo-se o estágio inicial e criando-se uma fase de adaptação à profissão aos novos membros, aliviando-se aqui, para o início de carreira, o valor das quotas a pagar pelos mais novos. Também a metodologia de a OEng se centrar na profissão, e não tão só na representatividade ou reconhecimento simbólico dos engenheiros, passou a ser uma realidade.
A partir de 2025 será possível a um engenheiro constituir, através de registos para com a sua própria Ordem, um Curriculum Vitae certificado.
Ainda sobre a modernidade da OEng, não deve ser deixado de lado o imenso e crescente prestígio da Engenharia portuguesa promovido de forma intensa pela OEng da atualidade, aquém e além-fronteiras, que contribui para uma imagem vanguardista, transparente e recomendável de um Portugal superlativo nas oportunidades do século XXI, muito para além de bens físicos transacionáveis, mas sim sustentadas no conhecimento, qualificações e mérito, onde a Engenharia se sobrepõe como expoente dinâmico do desenvolvimento do futuro.
É mesmo por Portugal! Desejo a todos os membros e não membros da Ordem, uma excelente leitura da INGENIUM.
* Editorial da Revista INGENIUM.
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