O Hospital de São Sebastião, que integra o Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (CHEDV), é uma das unidades hospitalares com “défice de dotações seguras” de recursos para manter o Serviço Nacional de Saúde (SNS), alerta hoje um comunicado da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.
“A pandemia COVID-19 veio agravar as condições de trabalho, já francamente deficitárias, criando uma exigência sobre-humana aos profissionais de saúde, com especial foco nas equipas de enfermagem”, referem os representantes da classe.
Existem “situações limite” que a Secção Regional do Centro “comprovou” em várias visitas de acompanhamento do exercício profissional, que provocam “escusas de responsabilidade” de enfermeiros especialistas dos serviços de urgência em várias unidades, incluindo o hospital de S. Sebastião, na Feira.
“Portugal é o país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) com maior desequilíbrio dentro das equipas multidisciplinares que trabalham em ambiente hospitalar, mantendo o rácio mais baixo de enfermeiros”, recorda o comunicado.
“Neste momento, cresce uma sensação de ruptura total nas urgências hospitalares, quando, na verdade, nunca conseguiram assegurar as necessidades das pessoas que aí recorriam e recorrem diariamente”, lamentam os enfermeiros.
A Secção Regional da Ordem lembra que “os enfermeiros gestores não podem continuar a realizar escalas deficitárias, nem os enfermeiros e enfermeiros especialistas podem aceitar trabalhar nestas condições, sob pena de não conseguirem garantir a qualidade e a segurança das pessoas que estão nas urgências”, exigindo “o cumprimento das dotações seguras e a criação de ambientes seguros à prática clínica”.
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