Em Águeda, o encerramento da estação de correios da zona industrial das Barrosinhas, em janeiro passado, continua a motivar muitas queixas, especialmente das empresas locais, que tinham ali um horário alargado sem ter de recorrer a outros postos.
As alternativas que os CTT deixaram ao dispor da comunidade não estão à altura das necessidades, pelo contrário.
Ricardo Abrantes, presidente da Associação Empresarial de Águeda (AEA), ironiza com a passividade da entidade reguladora que deveria fiscalizar o fecho das estações de correios ocorrido pela mão da atual gestão dos CTT.
“Acho que devíamos criar em Portugal uma entidade que regulasse os reguladores. Isto é como a história do queijo, em que foi nomeado para tomar conta do queijo um rato, que acabou por comer o queijo. No fim criou-se uma comissão para saber quem comeu o queijo e nomeou-se um rato. O que se passa com a regulação é uma brincadeira de mau gosto”, lamentou, indignado, o empresário aguedense.
A AEA tem informações que o serviço ainda vai ter mais cortes. “A desativação de lojas ainda vai continuar. O que aconteceu com o posto das Barrosinhas é das situações mais caricatas no país”, garantiu Ricardo Abrantes.
O encerramento da estação que tinha um horário mais alargado ao serviço de clientes empresariais obrigou a recorrer ao posto da cidade, onde não existem mãos a medir para tratar do público em geral, garante o presidente da Associação Comercial de Águeda (ACOAG).
“Não tem estacionamento adequado, por exemplo. Os sócios fazem-nos saber de demoras, chegam a estar 40 minutos à espera. Eu já falei com a diretora do balcão, porque é ridículo. Então no dia de pagamento de pensões é uma desgraça”, relatou Bruno Almeida.
“Temos um prejuízo enorme que nos é imputado e às pessoas dinâmicas que tentam puxar este país para a frente”, denunciou o dirigente associativo.
Queixas subscritas pela autarquia local que não mereceram até hoje resposta dos CTT.