A demora na conclusão da empreitada para construção das rotundas e alargamento da antiga estrada nacional 109, em Cacia, deve-se a problemas do empreiteiro.
Isso mesmo deu a entender, sem entrar em pormenores, o presidente da Câmara de Aveiro, na Assembleia Municipal, ontem à noite.
A obra encontra-se atrasada mais de um ano em relação ao prazo previsto para entrar em operação.
Ribau Esteves fez uma curta referência ao assunto depois de um comentário do deputado do PS Pedro Pires da Rosa no ponto da ordem de trabalhos relativo à aprovação de adendas aos contratos interadministrativos.
O eleito socialista considerou que as delegações de competências têm “efeito” pela sua “proximidade” à população, ao financiar obras a cargo da Juntas, deixando ficar “um único lamento”, por não ver “as rotundas de Cacia” incluídas no ‘pacote’, ironizou, “porque já estavam concluídas”.
O presidente da Câmara devolveu “a provocação”, uma “especialidade” do eleito socialista, adiantando que teria “muito gosto” em falar à Assembleia Municipal sobre a empreitada.
Deixou apenas ‘no ar’ que os atrasos devem-se a dificuldades do empreiteiro. “Os problemas graves dos outros devem ser tratados com recato e respeito pelas pessoas e empresa”, prometendo falar do assunto “de forma apropriada” em próxima oportunidade.
As duas rotundas e o troço de ligação entre ambas deveriam ter ficado prontas em agosto passado, após a prorrogação de prazos anteriores.
Tem sido apontada como causa do atraso uma alegada demora da EDP. O que não se confirmará. Durante o verão, os trabalhos estiveram praticamente sem quaisquer avanços.
A empreitada foi colocada em marcha há dois anos, por cerca de 1,2 milhões de euros.
A Navigator passará a ter um acesso exclusivo ao seu renovado complexo industrial, razão pelo qual a empresa assumiu parte dos custos. A substituição dos cruzamentos por rotundas serve para melhorar a capacidade de escoamento e segurança do trânsito.