Se em 2020 recebíamos gente de todo o mundo, essas pessoas estabeleceram-se aqui e trouxeram novas realidades.
Por Nuno Pires *
Oliveira de Azeméis é uma cidade:
O dia amanheceu claro, luminoso, neste 16 de Maio de 2056. Septuagésimo segundo aniversário da elevação de Oliveira de Azeméis a cidade.
Fomos todos à cerimónia, no antigo edifício da Câmara Municipal.
É no centro, mesmo no meio da rua pedonal, vibrante, com os rostos de gente alegre que passa o dia por ali, aos milhares, de Santo António à Praça da Cidade, entre a Universidade, as galerias, os cafés.
Há tempos, um jornalista japonês veio a Azeméis para ver as obras de Siza, de Castanheira e disse que a zona pedonal parecia Montmartre em ponto pequeno.
O metro para o Porto e para Aveiro, veio dar uma nova vida e novas centralidades: temos uma cidade que vai de Macinhata a S.Martinho, a população duplicou, mantivemos a âncora dos moldes, do calçado e do agro-alimentar, as multinacionais vieram para cá e a transformação digital trouxe inúmeras empresas de design, programação e logística.
Se em 2020 recebíamos gente de todo o mundo, essas pessoas estabeleceram-se aqui e trouxeram novas realidades.
A cidade puxou o concelho e Cucujães, S. Roque e Cesar, são industrialmente pujantes, contrastando com o imenso Parque Florestal que vai do sul de Carregosa até ao Pinheiro, por Ossela e Palmaz, que atrai milhares de visitantes todos os anos.
Orgulho, foi o que vi nos olhos de todos que, ao longo dos anos, independentemente do partido, trabalharam em prol da nossa cidade.
Todos podíamos ter feito mais, podíamos ter feito melhor; mas todos sabemos que fizemos o que, na altura, foi o possível.
* Presidente da concelhia do PSD de Oliveira de Azeméis.