Em defesa de uma nova pedagogia sobre o envelhecimento

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Apoio a idosos.

Quando deixamos 2022 para trás, o momento é de continuar a trilhar o caminho pelo avanço na concretização de medidas que tornem a vida dos reformados e dos seus familiares mais justa socialmente e de terem uma vida digna, que respeite o direito a envelhecer com direitos, o direito a envelhecer com dignidade.

Por Casimiro Menezes *

Começámos com a constatação de que a luta pela defesa dos direitos dos reformados era o caminho a prosseguir para assegurar a justiça social contra as desigualdades, que se tornaram mais patentes durante e após as medidas de confinamento provocadas pela pandemia, e da urgência de apoiar a retoma da vida associativa, garantindo assim a coesão e a força do movimento associativo dos reformados.

Com a realização do 10.º Congresso do MURPI aprovámos propostas que dão força à luta, também em defesa de uma nova pedagogia sobre o envelhecimento, assente em soluções políticas que assegurem o direito de todos os reformados a uma pensão de reforma anualmente valorizada.

O sistema da Segurança Social pública, universal e solidária, assente na gestão de uma rede pública de equipamentos e serviços de apoio social.o reforço do Serviço Nacional de Saúde, a par de outros direitos.

O reforço da afirmação do MURPI prossegue com múltiplas iniciativas públicas donde se realça o apoio e o êxito da iniciativa de 35 peticionários e a adesão de outros nove mil subscritores da petição que foi entregue na Assembleia da República com a exigência de «Repor o poder de compra e da valorização anual de todas as pensões».

Simultaneamente, condenámos o roubo das nossas pensões com as medidas demagógicas do Governo que vão comprometer no futuro os rendimentos dos reformados, pensionistas e idosos.

A luta vai prosseguir e é tanto mais necessária, quando, a pretexto do aumento da inflação e do custo de vida, o PS aprova o Orçamento do Estado para 2023 que desvaloriza os salários e as pensões, contribuindo para o agravamento das condições de vida de milhares de trabalhadores e de reformados, ao mesmo tempo que crescem avultados rendimentos das grandes empresas bancárias, da energia e do sector da rede distribuição dos produtos alimentares.

Todas estas reivindicações estão explicitadas nas «10 medidas de emergência» que foram provadas pelo MURPI e enviadas ao Governo e aos deputados.

É necessário lutar e dar uma oportunidade à paz e à justiça entre os povos, condenando o incremento do armamento que desvia importantes recursos financeiros tão necessários à urgente resposta à pobreza e ao empobrecimento de largas camadas da população.

Desejamos a todos que o próximo ano traga sentimentos de esperança, com a certeza de que temos que continuar a lutar pela justiça social e pela paz

* Editorial do jornal A Voz dos Reformados, publicado pela MURPI – Confederação NAcional de Reformados, Pensionistas e Idosos.

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