É o momento para juntar quem não está

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Universidade de Aveiro.
Natalim3

A figura do Embaixador da UA é um ideal importantíssimo, muito embora comece por “parecer” meramente simbólica, numa época em que infelizmente nos desfizemos de símbolos, esta simbologia, para o bem e para o mal como todos os rituais, criam uma relação de marca, unidade e responsabilidade pelas funções em que fomos empossados, que muda completamente a forma como o Antigo Aluno.

Por Carlos Pedro Ferreira *

A ALUMNI AAAUA neste momento de grande incerteza, medos, angustias, mudança dos paradigmas sobre tudo e todos, está solidária com as outras Comunidades UA (Estudantes, Docentes, Funcionários), por forma a passarmos por tudo isto da forma mais indelével possível.Temo-lo dito, escrito, reescrito, voltado a escrever, pelo menos desde que presido a AAAUA, que só em rede podemos crescer, fortalecer a marca, ajudar e ser-se ajudado, ser-se visto e reconhecido.

Não tem tido o sucesso que deveria, mas é nas situações limite como esta, do Covid-19, que se geram as oportunidades para parar, refletir, mudar comportamentos e reajustar o rumo para onde queremos ir e ser, e redefinir a ordem de importância das coisas.

Este é o momento para juntar quem não está, para fazer o que se anda para fazer e não se fez, para deixar de fazer o que não faz sentido, para se perceber que só juntos se ultrapassam crises, que só unidos se engrandece uma marca.

Num desafio todos queremos ganhar, mas alguém tem que perder e não há empates neste jogo, mas depois é unir todos para uma causa comum, a excelência da UA como Universidade de referencia no Ensino, no tratamento dos alunos e funcionários, do património, no respeito pela diferença, na perceção que quem não concorda comigo não é um inimigo, que uma opinião diferente deve ser interpretada como uma proposta de melhoria e não como uma discordância total sobre uma ideia ou caminho.

É nisto que devemos estar centrados hoje mais do que nunca, porque os tempos que se avizinham não serão fáceis, e nestas alturas, divergências, fruto da escassez de meios, de inúmeras situações a terem que ser atendidas ao mesmo tempo.

E isto significa escolher o que fazer primeiro, ou seja, discriminar (no bom sentido). E aqui é que teremos que estar unidos, para discriminar bem, ouvir tudo e todos se possível, e depois perceber e aceitar a discriminação como um ato necessário para prosseguir caminho, sem ressentimentos, mas assumindo a essência da Democracia e da Universalidade, alguém tem que ser o Maestro, caso contrário teríamos uma Anarquia Instalada, coisa que ninguém quer.

A figura do Embaixador da UA é um ideal importantíssimo, muito embora comece por “parecer” meramente simbólica, numa época em que infelizmente nos desfizemos de símbolos, esta simbologia, para o bem e para o mal como todos os rituais, criam uma relação de marca, unidade e responsabilidade pelas funções em que fomos empossados, que muda completamente a forma como o Antigo Aluno,

Embaixador consagrado, se comportará e o modo como agirá pelo Mundo.Mudava-se um arquétipo, todos os Antigos Alunos seriam Embaixadores da UA, agora alguns são mais Embaixadores que outros, e mais, alguns não foram Embaixadores da UA.

É uma discriminação, claramente que é, mas é uma discriminação justíssima, porque faz sentido tratar de forma desigual quem não é ou foi igual, ao contrário de outras discriminações que são inaceitáveis.

Carlos Pedro Ferreira, gestor.

* Presidente da Associação de Antigos Alunos. Artigo publicado originalmente na Revista Linhas da UA.

 

 

 

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