11 pessoas, sete das quais mulheres, incluindo vários familiares (casais e filhos), dos 50 aos 18 anos, começaram a ser julgados no Tribunal de Aveiro, esta quarta-feira, por tráfico de droga na forma agravada.
O processo teve como alvo um acampamento de etnia cigana na Gafanha de Aquém, Ilhavo.
Seis arguidos (três mulheres e três homens) encontram-se em prisão preventiva. Um dos acusados não compareceu à audiência.
O julgamento limitou-se na sessão de hoje à identificação e leitura da acusação.
O principal acusado responde, além de tráfico, por posse de arma proibida. O homem, e outros dois acusados, anunciaram que pretendem prestar declarações na próxima data, a 19 de maio.
A operação policial levada a cabo visou o chamado acampamento ‘Asterix’, onde são recorrentes as ‘rusgas’.
As vigilância durante a investigação apuraram que dois arguidos recorriam aos filhos, ainda crianças, para fazerem entregas de droga aos consumidores e receberem os pagamentos.
O despacho de acusação refere que a partir de janeiro de 2019, os arguidos venderam heroína, cocaína e haxixe, que eram adquiridas em viagens ao Porto, a outros revendedores e a consumidores em vários locais dos municípios de Aveiro, Ílhavo, Mira e Águeda.
O Ministério Público formulou um pedido de perda a favor do Estado das vantagens patrimoniais obtidas pelos arguidos com a prática dos factos, num total de 331.300,00€, sendo que, relativamente a três dos arguidos acusados, o valor ultrapassou os 120.000,00€;