As instituições de ensino superior estão de novo prestes a recorrer ao ensino a distância.
Por Paulo Jorge Ferreira *
O objetivo é proporcionarem uma aprendizagem digitalmente enriquecida, em que a tecnologia é um elemento de inovação pedagógica e não uma mera forma de interligar remotamente docentes e estudantes.
Ao longo dos últimos meses, ajustaram-se recursos, adaptaram-se conteúdos e melhoraram-se competências.
Na Universidade de Aveiro, o processo iniciara-se em 2019, com o Programa de Formação e Atualização Pedagógica.
O “Docência+”, um programa conjunto das Universidades de Aveiro e Minho, disponibiliza recursos e oferece oportunidades de formação e partilha de experiências, através de comunidades de prática.
As Jornadas Interinstitucionais de Desenvolvimento Pedagógico, dinamizadas pelas universidades de Aveiro e Minho, arrancaram com 9 instituições de ensino superior e contam agora com 15.
A adesão dos docentes a estas iniciativas tem sido expressiva. Na Universidade de Aveiro, estiveram envolvidos 650 docentes, só em 2020.
No “Docência+ Impacto”, cerca de 200 professores refletiram sobre as transformações em curso.
O efeito multiplicativo é já visível: os formandos de ontem são os formadores de hoje. É necessário continuar a investir na inovação pedagógica e curricular para facultarmos aos nossos estudantes uma experiência inspiradora que combine as vertentes presencial e digital.
Um docente da Universidade de Aveiro afirmou “O Docência+ mudou a minha vida como docente”. Como disse Xavier Aragay, “Hay décadas donde no pasa nada y semanas donde pasan décadas”. É exatamente isso que está a acontecer.
Vale a pena considerar.
* Reitor da Universidade de Aveiro.Artigo publicado em www.ua.pt.