“Efetivamente a situação está mais calma”. O segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil começou por deixar uma nota de otimismo quanto ao evoluir dos fogos florestais no distrito de Aveiro ao fazer o ponto de situação, ao princípio da tarde, no posto de comando das operações localizado junto à Escola Básica de Oliveira de Azeméis. Mário Silvestre destacou “o enorme esforços” dos operacionais em todo o país num cenário “severo”, ressalvando que, apesar de “mais calma, continua a ser uma situação “preocupante e complexa”. Estão empenhados no teatro das operações só dos fogos mais graves 1400 bombeiros. Meios aéreos podem ser reforçados esta tarde.
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Os meios no terreno debatem-se com “um complexo de quatro incêndios” (Águeda, Albergaria-A-Velha, Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga) num perímetro superior a 100 quilómetros com “muitas povoações a serem atingidas”, dispersando a capacidade de resposta. “Há localidades em risco e ao longo do dia vão ter de ser defendidas para não serem diretamente afetadas”, explicou o segundo comandante.
O vento decresceu de intensidade em relação à noite, dando “mais alguma capacidade para estrategicamente do ponto de vista tático fazer outro tipo de trabalho”.
Os meios aéreos, incluindo dois cannadair espanhóis, atuaram desde o início da manhã, sendo esperando aviões vindos de França durante a tarde, estando condicionados pela presença de fumo.
Nas últimas horas, foram realizadas 53 evacuações de pessoas, sobretudo em Águeda e Albergaria-A-Velha. Registaram-se, até agora, 53 feridos devido aos incêndios, 17 necessitaram de tratamento hospitalar. Há a lamentar quatro vítimas mortais (três civis e um bombeiro).
Discurso direto
“Não me parece que vamos ter uma noite mais calma, as previsões não apontam para isso. Estamos a encetar todos os esforços para ter reforços, vamos ver. A situação no país é complexa” – Mário Silvestre, segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil (declarações abaixo).
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