Direção Regional de Aveiro da Quercus reúne-se em Belazaima do Chão

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Cabeço Santo, Águeda.

A Direção do Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza reuniu, no passado dia 19 de outubro, em Belazaima do Chão, Águeda.

Dando continuidade ao exercício de uma ação de proximidade, o Núcleo Regional de Aveiro realizou uma reunião em Águeda, dando assim continuidade às reuniões descentralizadas realizadas em outros concelhos da região.

Além dos vários assuntos da sua agenda ambiental, a Direção Regional deu um destaque especial a algumas temáticas relevantes para o concelho de Águeda.

Fez-se um balanço de diversos processos acompanhados pela associação, particularmente a gestão da floresta e das áreas de proteção do Rio Águeda, Vouga e Pateira de Fermentelos.

Uma das temáticas em destaque foi a questão da Floresta. Neste âmbito analisou-se os enormes impactos negativos da monocultura do eucalipto e propagação descontrolada de acácias, seja como potenciadoras e propagadoras dos próprios incêndios florestais, mas também como responsáveis pela perda da biodiversidade, pela degradação da paisagem e pelo empobrecimento dos solos.

No atual contexto, a Direção Regional considera que os problemas só podem ser minimizados por meio de ações mais interventivas no terreno que envolvam quer as administrações, quer os cidadãos. Isto porque, tendo os danos causados sido já tão grandes, já não basta regular ou ordenar: é necessário intervir, executar no terreno ações de recuperação que, pela sua natureza e objetivos, já muito dificilmente podem ser realizadas por quem detém a propriedade da terra e tem dela objetivos de exploração.

É necessário fazer aplicar os instrumentos de planeamento e gestão previstos, tendo em consideração a aposta na diversificação da floresta através de uma correta gestão da sucessão ecológica e da utilização de espécies de folhosas autóctones mais resistentes ao fogo como o carvalho e sobreiro, entre outras espécies folhosas.

É essencial apoiar e replicar iniciativas de recuperação ecológica como o Projeto Cabeço Santo, que teve início já em 2006, após o enorme incêndio que chegou até Águeda, e que se apresenta como um exemplo na criação de um mosaico de áreas de conservação numa zona intensamente utilizada para o cultivo florestal de espécies exóticas. Nos seus 150 hectares, este projeto único em Portugal, consegue evitar que as áreas ardidas sejam alvo da expansão de espécies infestantes.

A Direção Regional de Aveiro da Quercus agradece à União das Freguesias de Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga e Agadão a cedência das instalações para a realização da sua reunião.

Aveiro, 25 de outubro de 2018
A Direção do Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza