A deputada do PSD Helga Correia exigiu ao Ministério do Ambiente os resultados do autocontrolo das estações de tratamento de águas residuais (ETAR) de Salgueiro e Ossela, em Oliveira de Azeméis.
Em nota de imprensa, os sociais democratas alertam para “a frequência com que têm sido detetadas descargas poluentes nos rios Ul, Caima e Antuã, com tendência para aumentar, agora que se aproxima a época da chuva.”
A iniciativa da deputada ocorre depois de ter questionado o Ministério do Ambiente, em novembro do ano passado, através de requerimento entregue na Assembleia da República.
Na resposta, a tutela “tentou transmitir tranquilidade”, apesar de confirmar que os focos de poluição continuam a existir.
Os resultados do autocontrolo efetuado pela Associação de Municípios Terras de Santa Maria aos efluentes tratados na ETAR do Salgueiro e de Ossela “cumpriam as condições estabelecidas nos respetivos títulos de rejeição”.
No que diz respeito à ETAR do Salgueiro, a deputada Helga Correia informou o Ministério do Ambiente que a obra prevista pelos municípios, “identificada como urgente há vários anos, ainda não avançou no terreno.”
Ainda no dia 1 de setembro, em plena ‘Festa na Aldeia’, o Rio Ul “apresentava espuma indicativa de que a água tinha algo e apresentava também cor diferente.”
O PSD alerta que “o cenário tem vindo a repetir-se”, ainda “com maior intensidade, existindo registo de imagens recolhidas e divulgadas pelos populares que têm por hábito visitar e desfrutar da paisagem magnífica do Parque Temático Molinológico de Ul”.
A parlamentar social democrata solicita ao Ministério do Ambiente o envio dos registos de autocontrolo efetuados nas ETAR do concelho de Oliveira de Azeméis.
Em junho de 2017 foi assinado um contrato de renovação de redes de águas residuais, que apontava para o investimento de nove milhões de euros envolvendo os seis municípios associados.
O que virá resolver parte do problema, “no que diz respeito aos emissários que têm mais de 30 anos e acusam algum desgaste.”
O PSD alerta, contudo, que face aos “últimos desenvolvimentos fica claro que ainda existe muito a fazer no sentido de reduzir ou minimizar os focos de poluição dos rios Ul, Caima e Antuã”, tornando-se “uma preocupação crescente de todos os oliveirenses”.