Os deputados do PSD eleitos por Aveiro estão preocupados com o momento por que passa o Centro Social e Paroquial de Nogueira do Cravo, no concelho de Oliveira de Azeméis, obrigado a encerrar a sua creche e a braços com o pedido de suspensão de contrato intentado pela maioria dos trabalhadores.
Helga Correia e Rui Cruz tomaram, esta segunda-feira, contacto com esta nova realidade da instituição, deixando críticas à Câmara Municipal, por não ter, ainda, intervindo para minorar o problema.
“Há crianças e há idosos do concelho de Oliveira de Azeméis afetados por esta situação, não se compreendendo, por isso, que a Câmara Municipal não tenha tido, ainda, qualquer intervenção que ajude a pôr cobro à grave crise por que passa o Centro Social e Paroquial de Nogueira do Cravo” – disse Helga Correia, no final de uma visita esta segunda-feira realizada à instituição nogueirense, juntamente com o deputado Rui Cruz e na qual também participaram a estrutura concelhia do PSD e o executivo da Junta de Freguesia local.
Os deputados do PSD lamentam, por outro lado, que a instituição não tenha sentido por parte do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro o apoio necessário para resolver “um problema de extrema gravidade, um problema que ganhou maior dimensão face à postura insensível, violenta e até ilegal do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, que penhorou e esvaziou as contas da instituição, com as prestações sociais dos utentes e do ISS, apesar do acordo de pagamento das prestações aprovado e a primeira prestação do acordo paga pela instituição”.
Helga Correia reconheceu o papel social inestimável desenvolvido pela instituição e anunciou, na ocasião, que os deputados eleitos por Aveiro vão interpelar o ministro da tutela, sob forma de pergunta, para esclarecer a falta de resposta aos sucessivos pedidos efetuados ao ISS sobre o Fundo de Socorro Social e para os quais a instituição ainda não obteve qualquer resposta.
O Centro Social de Nogueira do Cravo está a braços com o pedido de suspensão de contrato de trabalho intentado pelos trabalhadores, alguns dos quais vieram a recuar, o que permitiu garantir a continuidade do funcionamento da instituição.
Aos deputados do PSD, responsáveis da instituição explicaram que a solução para o Centro passa pela extinção de alguns postos de trabalho e que já foram feitas propostas nesse sentido, mas foram poucos os que aceitaram o pagamento faseado das indemnizações a que têm direito.
A baixa natalidade verificada na freguesia ao longo dos últimos anos levou a que no ano passado o número de novas inscrições para o pré-escolar fosse muito reduzido, o que ditou o encerramento do serviço. As dificuldades financeiras fizeram-se sentir, em novembro a instituição entrou em incumprimento com a Segurança Social e começou a faltar dinheiro para pagar salários e subsídio na totalidade.
Grupo parlamentar do PSD