Deputados do PSD/Aveiro exigem solução para graves problemas sentidos no Hospital D. Pedro

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Urgências do Hospital de Aveiro.

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro exigem respostas do governo sobre a falta de condições no Hospital D. Pedro, de Aveiro, que levaram ao recente pedido de demissão da diretora do serviço de urgência. Numa pergunta agora dirigida ao Ministério da Saúde, os parlamentares aveirenses fazem notar que os problemas não se esgotam na falta de condições do funcionamento daquele serviço.

“O Grupo Parlamentar do PSD exige que o governo adote sem mais demora as medidas que se impõem para inverter esta crescente degradação das condições de acesso dos doentes aos cuidados de saúde no SNS” – pode ler-se no texto que suporta a pergunta, depois de a deputada Regina Bastos ter confrontado o ministro sobre esta matéria, na última sexta-feira, numa audição ao governante.

Os deputados recordam o recente pedido de demissão da diretora do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), na base da qual estará “a manifesta falta de meios e de recursos no Serviço de Urgência do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, a qual condiciona a segurança e a qualidade no atendimento dos utentes servidos por aquela unidade do CHBV que, convém lembrar, serve uma população de cerca de 400 mil pessoas”.

Para os parlamentares social democratas, a referida falta de meios, “a não ser rapidamente ultrapassada, poderá acarretar graves consequências para a população servida pelo CHBV, situação agravada ainda caso a solidariedade manifestada por cerca de quatro dezenas de médicos daquele serviço à referida responsável possa vir a traduzir-se numa eventual indisponibilidade para continuarem naquelas funções, o que poderá levar a uma situação de caos no atendimento dos doentes na Urgência daquele hospital”.

Na mesma pergunta, são referidos outros constrangimentos sentidos no CHBV, noutras áreas clínicas, como são exemplo os elevados tempos de espera que se verificam nas consultas médicas de especialidade, que, no primeiro semestre de 2018, permanecem em diversos casos muito elevados. Para uma consulta de Dermato-Venereologia, o tempo de espera é de 1.482 dias, enquanto um doente da área da Pneumologia espera 383 dias ou um de Reumatologia aguarda 371 dias.

“Esta é uma situação absolutamente inaceitável e que responsabiliza particularmente o governo, bem como os partidos políticos que o apoiam, tanto mais que, em 2016, o ministro da Saúde se comprometeu publicamente em reduzir substancialmente os tempos máximos de resposta garantida (TMRG) nas consultas hospitalares realizadas no âmbito do SNS” – vincam os deputados do PSD, questionando o ministério da tutela sobre se tem conhecimento das razões que levaram ao pedido de demissão da diretora da Urgência do CHBV e que medidas concretas pretende o governo tomar para assegurar que o CHBV é dotado dos meios e dos recursos necessários para uma adequada prestação de cuidados de saúde à população. Que medidas concretas vai o governo tomar para reduzir o número de consultas hospitalares realizadas fora dos TMRG no CHBV em que data ou datas pretende o Governo tomar essas medidas, são outras questões colocadas à tutela.

GP-PSD/Aveiro