No passado dia 21 de Outubro, uma delegação do PCP que contou com a participação do deputado do PCP na Assembleia da República, António Filipe, esteve reunida com a Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga em Aveiro.
Ao longo da reunião com a Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, a Presidente do Conselho de Administração, Dra. Margarida França, deu nota de algumas das alterações decorrentes do momento que atravessamos, como a deslocação da consulta da dor para o Hospital Visconde de Salreu, e mais particularmente, a deslocação do hospital de dia (oncologia) para o Hospital de Águeda.
Embora a administração tenha realçado que os serviços estão a funcionar da melhor forma para os utentes, o PCP expressou a sua preocupação e sérias dúvidas quanto a esta alteração, tendo em conta a necessidade de deslocação dos utentes para uma localidade com um tão escasso serviço de transportes públicos, além de que terão que se deslocar em dias diferentes ao Hospital Infante D Pedro, para a realização de análises, e posteriormente para o Hospital de Águeda para a realização do tratamento.
Trata-se de uma situação que o PCP considera incompreensível, obrigando estes utentes a deslocações desnecessárias. Também a mobilidade dos profissionais e as condições existentes na unidade de Águeda são elementos que acrescentam sérias condicionantes à solução encontrada.
Em relação ao futuro do Hospital Visconde de Salreu, Estarreja, foi dado a conhecer a intenção de para além dos cuidados paliativos já existentes naquele hospital, ser também instalada uma unidade de cuidados continuados não havendo qualquer perspectiva estratégica por parte da administração de alargar a outras valência e muito menos de reabrir o serviço de urgência básicas que a população de Estarreja necessita e tem vindo a reivindicar desde o seu encerramento em 2007. Posição que o PCP rejeita e continuará a batalhar pela reabertura deste serviço.
O PCP expressou ainda a sua preocupação com a falta de profissionais – de todas as áreas – no conjunto do Centro Hospitalar, procurou mais informação sobre as principais carências sentidas e reafirmou a sua posição da necessidade urgente de contratação de profissionais, de valorização dos salários e das carreiras. O PCP registou, com surpresa, a garantia dada pela administração que, de uma forma geral, não se verifica falta de pessoal e que hoje existem os profissionais necessários para dar a resposta adequada às exigências actuais.
O PCP considera urgente a adopção de um conjunto de medidas de reforço efectivo do Serviço Nacional de Saúde, conforme proposta já apresentada na Assembleia da República e salienta a necessidade de prosseguir e intensificar a luta das populações pelo direito à saúde, em convergência com a acção reivindicativa dos profissionais de saúde em defesa dos seus salários, direitos e carreiras.
DORAV do PCP