A deputada do PSD Helga Correia defendeu esta segunda-feira que a reabilitação da Linha do Vale do Vouga é um “imperativo estratégico” para o desenvolvimento da região de Aveiro-Norte.
Na discussão, na especialidade, do Orçamento do estado (OE) para 2019, a parlamentar social democrata reiterou a crítica ao facto de este troço ter sido excluído do Plano Ferrovia 2016-2020.
“A requalificação, modernização e valorização da linha do Vouga é um imperativo estratégico e crucial para o desenvolvimento da região onde está inserida, uma região com um forte tecido empresarial, que contribuiu decisivamente para o PIB e para a economia nacional” – vincou Helga Correia, na audição ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
Sublinhando que “os estudos existentes dizem que a modernização da Linha do Vouga tem viabilidade económica”, a deputada aveirense lamentou que este troço de ferrovia não tenha sido, até aqui, uma prioridade para este governo, desafiando o ministro a não repetir a “retórica a que já nos habituou”.
Para Helga Correia, “as acessibilidades são um dos pilares essenciais para o desenvolvimento das regiões”, e, no caso da Linha do Vouga, é “essencial no desenvolvimento da região de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho”.
Na sua intervenção, a deputada social democrata recordou que o grupo parlamentar do seu partido alertara por diversas vezes a tutela sobre a matéria, tendo a Assembleia da República aprovado um projeto do PSD que recomendava ao governo a inclusão da requalificação e modernização da Linha do Vouga, com eletrificação e alargamento da bitola existente, interligando-a com a Linha do Norte na zona de Espinho, no plano de investimento Ferroviário 2016-2020.
“Contudo, o governo optou por não incluir a Linha do Vouga no Plano Ferrovia 2016-2020. O orçamento de estado para 2019 também não nos traz qualquer novidade para a Linha do Vouga” – acentuou Helga Correia.
A parlamentar social democrata abordou, também, a ligação Aveiro/Salamanca, que o governante disse estar “no radar” do Ministério. “Quando é que a Linha do Vouga e a ligação Aveiro-Salamanca, vão deixar de estar no “radar” do governo e vão efetivamente passar a ser uma obra no terreno?” – questionou.
GP-PSD/Aveiro