O avanço do mar no litoral do concelho de Ovar, que tem no Furadouro e em Cortegaça / Maceda dois ‘pontos negros’, poderá beneficiar de obras de reforço das defesas a serem abrangidas no novo quadro comunitário 20-20.
O presidente da Câmara deu nota na última reunião de executivo que manteve uma reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente sobre a erosão costeira, onde foi colocada a possibilidade de abrir uma candidatura aos fundos europeus. Ainda assim, a defesa da costa poderá vir a custar ao erário camarário cerca de 2 milhões de euros, por conta de verbas necessárias a completar as comparticipações europeias.
A autarquia de Ovar tem defendido o investimento em quebra-mares submersos como forma de testar novas soluções na defesa da costa, tendo já mostrado abertura para financiar uma parte dos encargos.
Já existem estudos que aponta para a criação de uma estrutura paralela à linha de costa a criar no Furadouro, onde a frente urbana é muito fustigada pelo mar.
As barreiras subaquáticas reduzem a energia das ondas antes da chegada à costa e permitem reter areia que noutras circunstâncias seria levada pelo mar.
Estimativas oficiais feitas para as necessidades no litoral da região de Aveiro para acudir Às zonas mais problemáticas, como são os casos de Ovar e Vagos, apontam para a necessidade de investimentos na ordem dos 20 milhões.
Em Ovar, a edilidade local tem preconizado dois quebra-mares destacados a praia do Furadouro e um terceiro para a praia de Cortegaça. Estruturas de defesa paralelas à costa que teriam de ser complementados com a injecção de cerca de 1,5 milhões de metros cúbicos de areia.