“Crescimento económico “vai continuar a aumentar” mas “é fundamental continuarmos a pedalar” – Primeiro-Ministro

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Primeiro-Ministro, António Costa, na Unibike (Vagos).

O sucesso da indústria das duas rodas, que segue com a ‘camisola amarela’ do sector na Europa, leva o Primeiro-Ministro a acreditar na continuidade da melhoria do desempenho da economia do País, que já foi histórico em 2022, conseguindo, por exemplo, pela primeira vez, gerar 50% da riqueza nacional à custa de exportações.

Uma nota de confiança deixada, esta quarta-feira, no concelho de Vagos, ‘à boleia’ da indústria das bicicletas. Na visita à empresa Unibike, António Costa avisou, contudo, que é fundamental continuar a ‘dar aos pedais’ para a marcha não abrandar.

Depois de ter sido o terceiro país da União Europeia (UE) em 2022 que mais cresceu, Portugal foi o terceiro que mais cresceu no primeiro trimestre de 2023, que se traduziu, também, “no máximo histórico de emprego”, sublinhou o chefe do Governo, notando que se tratou de emprego de “maior qualidade”, uma vez que “nos últimos anos mais de 650 mil pessoas deixaram de estar com contrato a prazo e passaram a ter sem termo”. Notou, ainda no que toca ao desempenho das empresas, que “pela primeira vez na nossa história, 50% da riqueza nacional de 2022 teve a ver com exportações”.

António Costa avisou, todavia, que é preciso manter “a trajetória”, aproveitando a visita a à fábrica de bicicletas para usar uma “imagem que é particularmente evidente” na mensagem que quis expressar no regresso ‘ao terreno’ após várias semanas com muitas polémicas a marcar a atualidade governativa. “Quando se deixa de pedalar, naturalmente a inércia não é suficiente para que o movimento prossiga, por isso é fundamental continuarmos a pedalar”, apelou.

Apesar dos desafios colocados à economia, o Primeiro-Ministro mostrou-se confiante em repetir bons resultados e manteve a possibilidade de prosseguir a redução da carga fiscal. “É muito importante verificar que, para além do crescimento que já temos, esse crescimento vai continuar a aumentar”, disse, invocando os números transmitidos momentos antes pelo CEO da Unibike, ao dar conta que a fábrica pretende aumentar em 20% produção.

“Cada empresa vai, tem perspetiva, este ano acrescentar um pouco à sua produção; umas com mais de 20% outras com menos, mas todas vão acrescentar. Significa que a economia vai continuar a crescer, a gerar emprego, de mais qualidade, mais bem remunerado, e, assim, teremos o tal círculo virtuoso referido pelo presidente da Câmara de Vagos, em que, também, teremos finanças públicas mais estáveis, com menos dívida, menos défice, permitindo, assim, prosseguir a trajetória de reduzir a tributação de quem trabalha e paga IRS e criar melhores condições para assegurar a competitividade dos nossos territórios”, afirmou o Primeiro-Ministro.

No arranque do roteiro ‘Agenda + Crescimento’, António Costa visitou uma fábrica de bicicletas elétricas, recentemente integrada no grupo francês Neomouv, que exporta quase toda a produção, dando trabalho a cerca de 175 colaboradores. A Unibike criou em Vagos novas instalações na sequência de um incêndio que destruiu a anterior fábrica, localizada em Oliveira do Bairro. O volume de negócios tem subido, acompanhando a dinâmica industrial do sector, devendo atingir este ano cerca de 35 milhões de euros. A empresa produz diariamente mais de 2100 peças (componentes vários) e 450 bicicletas elétricas já montadas.

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