Depois da Páscoa, a partir da terça-feira da próxima semana, mantendo-se o “cenário de tendência positiva dos novos casos” de infetados em Ovar, “toda” a indústria no município “deve poder trabalhar”.
Posição defendida pelo presidente da Câmara, Salvador Malheiro, depois do Governo anunciar, em despacho do ministro da Economia, mais duas dezenas de indústrias locais que ficam autorizadas a laborar durante o estado de calamidade, que ergueu uma ‘cerca sanitária’ no concelho para contrariar a propagação da pandemia de Covid-19.
“Não é justo para o pequeno e médio empresário”, referiu o edil para quem a decisão a tomar, na sequência de outras exceções já divulgadas à imposição de paragem da atividade industrial, totalizando quase três dezenas de fábricas,“devia acontecer o mais rapidamente possível para que as empresas se possam preparar com tempo”.
“A actividade económica não pode pôr em causa a saúde pública. A vida das pessoas está sempre em primeiro lugar. Mas depois de tanto esforço e penalização dos nossos empresários do município de Ovar (correspondente à aquisição de muitos ventiladores) é hora de começarmos a reerguer a nossa economia. De sermos dos primeiros a sair desta crise e tentar ajudar a levantar Portugal.
As empresas locais ficarão obrigadas, enquanto se mantiver o estado de calamidade e a declaração de emergência nacional, a laborar no máximo com um terço dos colaboradores, que devem ser apenas residentes no concelho e com idade inferior a 60 anos. Para além disso, será necessário cumprirem um período de quarentena. (Informação ao minuto Covid-19 na RTP).
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