A Covid 19 está activa de modo disperso na população e não exclusivamente em cadeias epidemiológicas.
Por Miguel Capão Filipe *
Vamos então entrar em ISOLAMENTO! E CUMPRIR REGRAS.
# O isolamento deverá constituir uma espécie de silo ou igloo familiar pronto a sobreviver até ao fim da crise;
# Se for “fechado” hoje, nas próximas 24 horas ficará sem vírus nos objectos e terão a certeza daqui a 14 dias; a partir daí estará em principio livre e de bem para enfrentar o resto da crise;
# Se um dos elementos sair (por exemplo para trabalho essencial ou para abastecimento), ao entrar deverá ter rigor nos cuidados a ter (ver o anexo). Para que essa saída não faça regressar o contador a zero (24h objectos e 14 dias pessoas).
E se alguém ficar doente com sintomas Covid 19 ?
Nos casos leves vai-se ficar em casa a “curar” com um quadro tipo virose mas que poderá demorar mais dias. Em geral, vai ficar bem espontaneamente. Temos de fazer a medicação SOS para a febre, hidratação e vigilância. Mas atenção, devem estar asseguradas medidas de quarentena do doente.
Devem ainda, doentes e cuidadores, reconhecer os sinais do agravamento respiratório. Caso a tosse persista, exista febre que não passa, dificuldades respiratórias ou cansaço extremo, devemos então alertar SOS.
Só vão para o hospital os casos com critério clínico de internamento, por exemplo os que necessitarem de tratamento EV ou necessidade de suporte ventilatório.
Associado ao controlo de fronteiras e fiscalização/ disciplina no cumprimento destas regras sociais provisórias e solidárias, estaremos a usar a única solução provada como válida nesta pandemia.
Não é por alarmismo. Não é por pânico.
É sim para que o numero de casos/dia graves de Covid-19 tenham a resposta adequada à capacidade hospitalar instalada.
Vamos a isto!
Povo de Portugal Sabe.
* Vereador na Câmara de Aveiro, médico (Informação ao minuto Covid-19 na RTP).